Vereadores do Recife autorizam João Campos a fazer empréstimo de R$ 200 milhões

Mesmo sendo aprovada por unanimidade, a proposta do Executivo foi alvo de ressalvas com relação à aprovação de outros projetos que também resultaram na contratação de empréstimos

Mesmo sendo aprovada por unanimidade, a proposta do Executivo foi alvo de ressalvas com relação à aprovação de outros projetos que também resultaram na contratação de empréstimos

Câmara do Recife aprovou, por unanimidade, o projeto de lei nº 50/2022, que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito de até R$ 200 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com a proposta encaminhada pelo prefeito João Campos (PSB), e aprovada pelos vereadores terça-feira (6), o dinheiro deverá ser investido em ações no âmbito do Programa Recife Segurança Cidadã

Apesar de ter recebido o voto favorável de todos os parlamentares presentes na sessão, foram feitas algumas ressalvas com relação à aprovação de outros projetos que também resultaram na contratação de empréstimos pela Prefeitura, que somariam R$ 2,6 bilhões neste ano.

Se a capacidade da Prefeitura a permite contrair empréstimos, ótimo. Devem ser contratados e a cidade precisa de investimentos. Mas a reflexão que eu faço é a desproporcionalidade com que esses investimentos estão sendo feitos”, disse o líder da oposição Renato Antunes (PL), citando ainda os projetos de lei nº 29/2022, nº 30/2022 e nº 34/2022, que também se tratavam da autorização para contratação de créditos com bancos nacionais e internacionais.

Segundo Antunes, a Prefeitura do Recife deveria reduzir custos para investir antes de realizar esse tipo de operação. “ A Prefeitura que quer fazer investimentos não pode fazê-los tão somente contraindo empréstimos, porque isso custa dinheiro. Quando você contrai um empréstimo no Banco do Brasil, no BID, no BNDES você vai pagar juros muito caros”, declarou.


Também foi questionada a ausência de dados específicos sobre onde serão aplicados esses recursos. “Eu não vou entrar no mérito da importância do Compaz, porque sei o quanto ele é importante. Mas quanto custa? Quantos serão construídos com esse montante?”, afirmou a vereadora Ana Lúcia (Republicanos).

“Eu vejo a cidade carente de projetos para que o cidadão e a cidadã recifense possam ter esse acolhimento. Mas é preciso que esta Casa saiba o quanto será aplicado em cada obra”, completou a parlamentar.

DEFESA

O líder do Governo, o vereador Samuel Salazar (MDB), afirmou que o projeto de lei do Executivo tem como grande foco a construção de novas unidades do Compaz (Aeroclube, Ibura e Tejipió), além de realizar  investimentos no Centro de Operações do Recife, e aumentar as ações sociais, através dos Centros Arrecifes. “Se temos capacidade de endividamento é porque a gestão está no rumo certo e melhorar a qualidade de vida do recifense”, pontuou

O vice-líder do Governo, o vereador Rinaldo Junior (PSB) também rebateu as críticas feitas ao projeto. “A gente tem um empréstimo disponível porque há a capacidade de pagamento do nosso município. Precisou ser feito porque faltou o Governo Federal aportar o seu recurso, na época das chuvas, naquela tragédia no final de maio. Então, o Recife não ficou de braços cruzados e foi atrás do recurso que vai ser aportado nesta cidade. É visível que o nosso município, hoje, é um canteiro de obras.

Via JC Pernambuco.

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