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MTE realiza megaoperação de combate ao trabalho infantil no Agreste de PE e resgata 301 crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil foram encontradas em oito municípios da região.

08/08/2024 às 15h21
Por: Redação Fonte: G1 Pernambuco
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MTE realiza megaoperação de combate ao trabalho infantil no Agreste de PE e resgata 301 crianças e adolescentes

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), identificou 301 crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil em oito municípios do Agreste Pernambucano, durante megaoperação realizada entre os dias 1º e 8 de Agosto. Dados foram divulgados nesta quinta-feira (8).

A fiscalização ocorreu nos seguintes municípios: Caruaru, Toritama, São Caetano, Taquaritinga do Norte, Brejo da Madre de Deus, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe e Cupira, onde foram fiscalizadas 10 feiras livres e 46 estabelecimentos, nos quais foi constatada a presença de trabalho infantil.

 

Na operação, foram encontrados 298 crianças e adolescentes trabalhando em atividades previstas na “Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil” (Decreto nº 6.481/2008), e outras três tinham menos de 16 anos e não poderiam estar trabalhando.

De acordo com as informações da equipe de fiscalização, dentro do grupo de crianças e adolescentes que foram identificados em situação de trabalho infantil existiam:

 

41 crianças com idade de até 11 anos;

62 adolescentes com 12 e 13 anos;

198 com idade de 14 a 17 anos.

Na análise por gênero, 70% dos trabalhadores infantis eram meninos e 30% meninas. Nos 46 estabelecimentos em que foi constatada a presença de trabalho infantil, 91% pertenciam ao setor têxtil, com predominância de facções.

"o trabalho infantil foi constatado nas mais diversas fases da cadeia têxtil dos municípios fiscalizados, estando presente em atividades insalubres e perigosas, desde o corte das peças nas facções até sua venda nas feiras livres”, disse Paula Neves, auditora-fiscal do Trabalho que coordenou a operação.

Ainda um segundo o MTE, as roupas fabricadas e vendidas a baixos preços pelas mãos de crianças e adolescentes podem custar a saúde, a educação e o futuro dos envolvidos.

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