A adolescente de 15 anos assassinada a tiros em Monteiro,PB relatou em mensagem de áudio que o suspeito, Gilson Cruz, era violento e já tinha feito ameaças com uma arma de fogo. O caso, registrado no final da tarde deste domingo (14), é tratado como feminicídio.
“Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, né, coragem de fazer mal a ele e para os meus pais, entende?”, afirmou a adolescente no áudio.
Gilson Cruz tem 56 anos e, de acordo com testemunhas, mantinha um relacionamento com Maria Vitória dos Santos. Eles estariam bebendo dentro da casa de Gilson quando uma discussão foi iniciada. Foi nesse momento que o homem teria feito os disparos que matou a adolescente.
Ele atirou mais de uma vez, ele se certificou de fato acertá-la e acertou de uma maneira que não tinha como ela sobreviver”, disse o delegado Sávio Siqueira.
A prisão do suspeito em Pernambuco
De acordo com o delegado Sávio Siqueira, através do monitoramento de câmeras de trânsito, a Polícia Civil conseguiu localizar, por meio da placa do carro, que o suspeito estava em Caruaru. Foi solicitado o apoio da Polícia Militar de Pernambuco, que conseguiu prender o suspeito por volta das 17h, quando ele já estava em Brejo da Madre de Deus.
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil da Paraíba já se encontra em Pernambuco, e deve chegar ainda nesta noite a Monteiro, onde o suspeito será ouvido na presença do advogado. A audiência da custódia acontecerá nesta terça (16).O caso aconteceu no Loteamento Apolônio, no bairro de Bernardino Lemos, em Monteiro. Maria Vitória foi morta com tiros de revólver.
Conforme o delegado Sávio Siqueira, conhecidos relatam um relacionamento com constantes agressões de Gilson contra a vítima. Apesar disso, não existe registro policial dessas agressões.
O suspeito, no entanto, já foi condenado por lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica contra a própria filha.
Conforme informações da delegacia de Monteiro, Maria Vitória conheceu Gilson quando começou a trabalhar na padaria dele há quase dois anos.
Logo depois, passaram a se relacionar e há 4 meses moravam juntos. A família aprovava o relacionamento da adolescente com o homem.