CPI ouve empresário que negociou Covaxin: veja 7 pontos a serem esclarecidos

O empresário Francisco Maximiano é personagem central nas negociações suspeitas da vacina indiana com o governo brasileiro

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve, nesta quinta-feira (19/8), o empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos. A empresa foi a responsável no Brasil pelas negociações entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde, em relação à vacina Covaxin. Para os integrantes da comissão no Senado, Maximiliano é considerado “personagem central” das denúncias envolvendo a compra do imunizante.

A oitiva do empresário no colegiado foi adiada diversas vezes. O depoente também acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), tentando evitar comparecer à CPI. Não conseguiu, mas obteve um habeas corpus com direito de ficar em silêncio durante o depoimento.

“Francisco Maximiano é o personagem central de tudo isso. Ele se recusou a vir a essa Comissão Parlamentar de Inquérito algumas vezes e abusou da boa vontade dessa CPI quando se deslocou à Índia para conversar com a Bharat Biotech, mesmo tendo esse contrato sob investigação da comissão. Nós ansiávamos muito por esse depoimento. Espero que venha com disposição de falar”, afirmou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A expectativa dos senadores é que o empresário possa esclarecer uma série de pontos – como a relação dele com o líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), as negociações com o Ministério da Saúde e as suspeitas de adulteração em documentos. Os parlamentares também pretendem, sobretudo, confrontar a versão do depoente com os documentos já obtidos pela comissão.

Via Metrópoles

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