Pesquisa para presidente: distância entre Lula e Bolsonaro cai de 11 para 8 pontos no primeiro turno

Pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA ouviu 1.500 eleitores brasileiros de todo o Brasil entre os dias 19 e 24 de agosto

A pouco mais de um mês das eleições, a distância entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu de 11 para 8 pontos percentuais, segundo a pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada nesta quinta-feira, (25). É a primeira sondagem com os candidatos definidos após o registro feito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados previamente, Lula tem 44% das intenções de voto, mesmo número registrado na pesquisa feita há um mês. Já Bolsonaro saiu de 33% para 36%. O aumento está no limite da margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Na série histórica da pesquisa, a maior distância entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno foi registrada em janeiro deste ano, quando estava em 17 pontos. O petista conseguiu crescer neste período, de 41% em janeiro, para os 44% agora. Bolsonaro, candidato à reeleição, também cresceu, mas em um salto maior, de 12 pontos percentuais – saiu de 24% no começo do ano.

Ainda na simulação de primeiro turno, Ciro Gomes (PDT) aparece com 9%, e Simone Tebet (MDB), 4%. Os demais candidatos fizeram 1% ou não pontuam. Brancos e Nulos somam 2%, e aqueles eleitores que dizem que não sabem são 3%.

Para a pesquisa, foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 19 e 24 de agosto. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-02405/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. 

Veja o relatório completo.

Maurício Moura, fundador do IDEIA, avalia que a redução consistente da distância entre Lula e Bolsonaro ocorreu muito por conta de uma maior definição dos candidatos. Com isso, houve uma acomodação dos eleitores que diziam não saber em quem votar – eles somavam 12% no fim do ano passado.

Uma terceira questão foi a desistência de outros nomes mais bem posicionados, como o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), e do ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Isso reflete o grau de consolidação de voto e uma grande definição neste momento da eleição. O Bolsonaro tem duas frentes de potencial crescimento: o primeiro é consolidar e acomodar o sentimento antipetista, o segundo é que ele precisa convencer eleitores que votaram nele em 2018. Esses eleitores estão espalhados entre indecisos, Ciro Gomes e também entre os eleitores do Lula”, diz.

Em uma pergunta espontânea, sem que o entrevistado receba uma lista, Lula tem 33% das intenções de voto, e Bolsonaro, 30%. Há um mês, o petista tinha 36%, e o atual presidente os mesmos 30%. Nesta pesquisa de agosto, Ciro Gomes tem 3%, e Simone Tebet, 2%. Os que não sabem somam 24%.

Para Maurício Moura, os números começam a indicar a resposta para uma pergunta feita frequentemente sobre as eleições presidenciais de 2022: se há espaço para resolver a eleição ainda no primeiro turno.

“Olhando a dinâmica dos votos de Ciro Gomes e de Simone Tebet, que são a terceira e a quarta posição, aumenta muito a probabilidade de haver um segundo turno. Os dois têm demonstrado pouco crescimento ao longo do histórico e um grau de resiliência suficiente para que os votos deles definam a ocorrência de um segundo turno”, opina o fundador do IDEIA.

Segundo turno entre Lula e Bolsonaro: estável

A simulação de segundo turno entre Lula e Bolsonaro ficou estável, se comparado com a última pesquisa. O petista tem 49%, ante 47% em julho. O atual ocupante do Palácio do Planalto pontuou 40%, e há um mês tinha 37%. Os dois crescimentos estão dentro da margem de erro da pesquisa.

Por Exame

Via Didi Galvão.

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