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Paciente estuprada por vigilante: veja o que se sabe sobre crime em clínica de saúde mental

Segundo família, vítima estava sedada quando estupro foi cometido. Vigilante foi demitido do Hospital Reluzir, em Camaragibe, e indiciado pela polícia por estupro de vulnerável.

22/06/2024 às 10h18
Por: Redação Fonte: G1 Pernambuco
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Paciente estuprada por vigilante: veja o que se sabe sobre crime em clínica de saúde mental

Uma paciente de 30 anos foi estuprada dentro de uma clínica de saúde mental em Camaragibe, no Grande Recife. O estupro foi filmado por uma câmera de segurança, e as imagens obtidas pelo g1 mostram um vigilante cometendo o crime contra a vítima, que estava sedada em uma cama .

Quando aconteceu o estupro?

O crime aconteceu na madrugada de 17 de novembro de 2023, no Hospital Reluzir, em Aldeia. A vítima tem 30 anos e foi internada na clínica para tratar uma crise de depressão. Nas imagens, gravadas às 4h26, o vigilante aparece levantando o lençol da paciente e passando a mão em diversas partes do corpo da mulher.

O vigilante era funcionário da clínica?

O vigilante trabalhava no Hospital Reluzir há dois meses. No entanto, a polícia ainda não comprovou se ele era um funcionário terceirizado ou se atuava de forma autônoma, de acordo com o delegado Carlos Couto, que investiga o caso.

A paciente estava sozinha na sala?

Não, pois havia um técnico de enfermagem na mesma sala, segundo a Polícia Civil. Em depoimento, ele disse que estava sentado, preenchendo algumas planilhas, e que não tinha a visão completa da ala de enfermaria, onde estava a vítima do estupro.

Por que o vigilante teve acesso à sala onde a paciente estava?

À polícia, a clínica informou que o vigilante tinha livre acesso a todas as áreas e a função dele era "monitor de dependência química" para evitar que alguém fugisse ou trouxesse algo escondido.

O que o vigilante disse à polícia?

Quando foi interrogado pela polícia, o vigilante afirmou que estava no quarto para ajudar a paciente porque ela estava sentindo uma "dor no abdômen". No entanto, anteriormente ele tinha dito que a vítima tinha uma dor nas costas e pediu para receber massagens.

O que aconteceu com o vigilante?

De acordo com a clínica, o vigilante foi demitido no mesmo dia do crime.

Alguém foi indiciado?

Duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil:

 

O segurança, pelo crime de estupro de vulnerável, tipificado quando a vítima é menor de 14 anos ou não tem condições de se defender;

O técnico de enfermagem, por omissão de socorro.

Houve prisões nesse caso?

Ninguém foi preso, até a última atualização desta reportagem.

O que diz a clínica?

Procurada pelo g1, o Hospital Reluzir disse o seguinte, em nota:

 

O vigilante tinha liberdade de se movimentar dentro da clínica, pois era o ambiente de trabalho dele;

A conduta dele é totalmente repudiada pelo hospital;

O estupro aconteceu na madrugada, mas a clínica só soube do crime pela manhã, durante uma consulta de rotina com a paciente;

Checou imediatamente as gravações das câmeras e, ao verificar a situação, encaminhou as imagens à polícia;

Ligou para os familiares da vítima pedindo que fossem ao hospital para conversar com a coordenação e a paciente, mas a mãe e o padrasto dela só estavam disponíveis no dia seguinte pela manhã;

O segurança trabalhava no local há dois meses e cumpria uma jornada de 12 horas por 36 horas, saindo da clínica às 7h;

O vigilante foi demitido no mesmo dia do crime e a clínica repassou às autoridades policiais todos os endereços e telefones dele.

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