Aílton Graça fez procedimento com o próprio sangue para viver Mussum no cinema: entenda

Ator foi premiado com Kikito no festival de Gramado pelo protagonista em “Mussum o filmis’

Quando Aílton Graça aparecer nas telonas como Antonio Carlos Bernardes, o Mussum, nem todos vão achá-lo a cara do querido comediante e sambista. Mas nos detalhes do olhar, das expressões faciais, no viço da pele, o personagem estará lá, remetendo à memória afetiva de muitas gerações. Graças ao trabalho do ator, claro, mas também da caracterização, que decidiu inovar e recorrer à harmonização facial.

“A gente nunca quis que ele fosse uma cópia do Mussum, mas que as pessoas olhassem e encontrassem o Mussum do qual se lembram, aquele que está nas nossas mentes. Mas, obviamente, precisávamos chegar muito perto, principalmente na fase de transição do personagem jovem para o mais maduro”, conta Mari Pin, supervisora de caracterização do longa.

Trabalhando há quatro anos em parceria com o cirurgião bucomaxilo e especialista em harmonização Fábio Barros, Mari descobriu que os procedimentos que a maioria das pessoas faz em busca da juventude eterna podem economizar tempo e dinheiro para o cinema e ainda melhorar a estética dos personagens.”O maior objetivo disso é deixar a câmera do diretor o maior tempo possível aberta. Imagina ter que ficar retocando a maquiagem, interrompendo uma diária, fazendo tentativas de chegar ao melhor resultado se a gente pode encurtar esse caminho”, justifica.Aílton Graça.

Mari demorou três dias para convencer Aílton a se submeter a umas agulhadas. O ator tinha medo de mudar sua expressão facial, e o longa já estava sendo gravado. E, na realidade, ele precisava dar uma rejuvenescida por três dias.

Ela me procurou porque precisava abrir o olhar do Aílton. Porque existem limitações com a maquiagem, então ela precisava de algum recurso para esse olhar ficar mais aberto, mais parecido com o do Mussum. Eu propus a toxina botulímica de maneira muito leve, muito suave, e sessões de ultrassom microfocado.

O Aílton não queria ficar com os procedimentos por muito tempo, era só para o personagem, então a gente fez a injeção de plasma gel, colheu o sangue dele, colocou numa centrífuga e injetou a parte do plasma só para dar volumização em três dias”, explica Fábio, que já auxiliou em outras produções de cinema e streaming. O filme, ganhador de seis Kikitos no Festival de Gramado, estreia no dia 2 de novembro.

Via Extra .

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