A morte silenciosa de uma árvore no meio da Floresta

Eu sou uma caraibeira plantada em um parque no centro da cidade de Floresta, no Sertão de Pernambuco. Ao longo de anos resisti à seca que castiga o nordeste brasileiro. Tenho mais de 50 anos, mas poderia viver bem mais do que isso se não fosse a opressão dos homens contra mim.

Não sou de desistir tão fácil. Apesar disso, aguentar marretadas, pisadas e até “banho de óleo de motor” não é brincadeira. A minha sombra atrai turistas e viajantes que passam pela cidade. O amarelo das minhas flores encanta quem passa por mim.

É uma pena ver minhas companheiras partirem desse mundo tão cedo. Algo está acontecendo com a minha espécie, mas parece que ninguém vê. Até quando vão fingir que está tudo bem? Até quando vão passar por mim e virar a cara? Quando vão tomar para si a responsabilidade de cuidar e revitalizar o que é seu?

Este é um desabafo e uma direta para os responsáveis por este bem natural da cidade: os florestanos.

Artigos relacionados

2 Comentários

  1. GPARABENS PELA BELA REFLEXÃO.POIS AI E A PURA VERDADE. FLORESTA AINDA EXISTE PONTOS QUE HOJE DEVERIA SER UM PONTO TURISTICO ENTRE ESSAS ÁRVORES UMA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO LINDA. MAIS INFELISMENTE A CADA DIA QUE PASSA SER TORNA EM UMA SIMPLES FRASE ( ÁRVORES SEM SINAL DE VIDA) ELVIS OBRIGADO POR EM MEIO DE TANTA GENTE VC LEMBRA QUE POR TRAZ DE UM TRONCO DE ARVORE EXISTE PESSOAS QUE QUEREM VER ELA BROTA.

Deixe um comentário