Velocista americana pega no doping por maconha fica fora da Olimpíada

Sha'Carri Richardson perdeu as duas vagas que havia conquistado na seletiva americana, após ser flagrada no antidoping

Uma história de superação não será contada nos Jogos de Tóquio, que começam no dia 23. A velocista Sha’Carri Richardson, que venceu a seletiva olímpica dos 100 m dos EUA, não irá competir no Japão. Ela foi flagrada no antidoping para THC (tetra-hidrocanabinol), o princípio ativo da maconha, e perdido a vaga na prova individual, mas poderia ser convocada para o revezamento 4 x 100 m. Não foi.

Richardson teve o resultado dos 100 m anulado e levou uma suspensão de 30 dias pelo doping. Teoricamente, estaria apta a participar do revezamento. As quatro primeiras colocadas dos 100 m na seletiva olímpica garantem vaga na equipe. Duas atletas são convocadas. A USATF (federação de atletismo dos EUA), porém, decidiu chamar English Gardner e Aleia Hobbs, sexta e sétima colocadas da seletiva dos 100 m, para completar o time de 4 x 100 m.

Richardson ficou sabendo da morte da mãe na véspera da seletiva olímpica. Segundo ela, fumou um cigarro de maconha para relaxar. A alegação serviu para que ela tivesse a pena atenuada, mas não foi o suficiente para convencer os dirigentes a convocá-la para os Jogos.

“Somos absolutamente solidários às circunstâncias atenuantes [do doping] de Sha’Carri Richardson e aplaudimos fortemente sua responsabilidade. Ofereceremos a ela nosso apoio contínuo dentro e fora da pista”, afirmou a ASATF, em comunicado oficial. “Mas devemos manter a justiça para com todos os atletas que tentaram realizar seus sonhos garantindo uma vaga na equipe olímpica de atletismo dos Estados Unidos”, acrescentou a entidade.

Com cabelos coloridos, tatuagens e maquiagem, Sha’Carri apareceu como um foguete em 2021. Em abril, cravou 10s72, terceiro tempo mais rápido desta temporada. Ela ficava atrás apenas das jamaicanas Shelly-Ann Fraser-Pryce e Elaine Thompson-Herah, que marcou 10s71 na terça-feira (6).

Richardson era a grande esperança de os EUA retomarem o protagonismo na chamada prova mais nobre do atletismo. O país não conquista ou ouro nos 100 m desde os Jogos de Atlanta-1996, com Gail Devers.

Via Folha de Pernambuco

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