Vacina da Janssen será entregue ao Recife e a cidades do Agreste e Sertão com altos índices de Covid, diz governo de PE

Anúncio foi feito nesta quinta (10) pelo governador Paulo Câmara (PSB), em pronunciamento pela internet. Serão contempladas com o imunizante de dose única Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Afogados da Ingazeira e Serra Talhada.

Cidades do Agreste e do Sertão de Pernambuco que estão com altos índices de Covid vão receber as vacinas da Janssen, previstas para chegar ao Brasil na próxima semana. Segundo o governo, a expectativa é contar com cerca de 120 mil doses do imunizante. A orientação do Ministério da Saúde é priorizar apenas as capitais.

Por meio de pronunciamento nas redes sociais, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou, nesta quinta (10), que as vacinas da Janssen vão contemplar o Recife, Caruaru e Garanhuns, no Agreste além de Arcoverde, Afogados Ingazeira e Serra Talhada, no Sertão.

Segundo o chefe do Executivo estadual, essas cidades estão com “patamares altos de contaminação”. Por isso, vão receber doses do imunizante para acelerar a vacinação.

“A velocidade da pandemia não obedece a um critério uniforme. Por isso, pactuamos com os municípios uma estratégia diferente para a distribuição da vacina da Janssen. Esse é mais um anúncio importante na nossa luta contra o novo coronavírus”, afirmou o governador.

Câmara disse, ainda, que esses municípios fazem parte de importantes polos econômicos do estado. “Esses municípios são grandes centros comerciais e de serviços do interior. Com mais gente imunizada em menos tempo, poderemos ajudar a conter a aceleração da doença no Agreste e no Sertão”, disse.

Paulo Câmara acrescentou que, por serem de grande porte, essas cidades têm condições de manejar as vacinas dentro do prazo de validade curto necessário para a aplicação.

Prazos

Na quarta (9),o Ministério da Saúde informou que as 3 milhões de doses da vacina da Janssen com prazo de validade em 27 de junho ainda não têm data para sair dos Estados Unidos nem para chegar ao Brasil.

Ainda segundo o ministério, não ficou definida uma data exata entre o governo e a Janssen durante a negociação que antecipou as doses para junho.

Segundo a assessoria do ministério, a data é incerta, porque a farmacêutica depende de autorização da agência americana reguladora de medicamentos, a FDA, para exportar as doses.

A vacina é aplicada em dose única. A perda de uma vacina da Janssen equivale a duas das demais empresas que estão sendo aplicadas no Brasil (Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca).

O imunizante da Janssen tem eficácia de 66% contra casos moderados e graves e de 85% contra casos graves da Covid-19. Ele foi testado no Brasil durante a fase de estudos clínicos e recebeu a autorização de uso emergencial da Anvisa em 31 de março.

A temperatura de armazenamento e transporte da vacina não oferece desafios à logística, uma vez que pode ser mantida entre 2ºC e 8ºC em por até três meses.

Ao contrário das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, o imunizante da Janssen não tem previsão de parceria para ser produzido no Brasil.

Via G1

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