Novo tratamento elimina totalmente o câncer de mama em estágio inicial sem gerar efeitos colaterais

Todo ano, mais de 2 milhões de novos casos de câncer de mama são diagnosticados em todo o mundo. A busca por um tratamento eficaz que traga a cura sem a ocorrência de efeitos colaterais é uma das prioridades da oncologia.

Recentemente, uma pesquisa divulgada pela revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” mostrou que a aplicação de uma imunotoxina nos dutos mamários eliminou por completo o câncer de mama em estágio inicial!

Em laboratório, as lesões pré-cancerosas visíveis e invisíveis de pacientes foram erradicadas, garantiram os pesquisadores do Johns Hopkins Kimmel Cancer Center, nos Estados Unidos.

O tratamento é possível próximo ao estágio zero da doença, conhecido como CDIS (carcinoma ductal in situ). Conforme explica o médico Saraswati Sukumar, autor sênior o estudo, inúmeras mulheres realizam cirurgias de remoção, tratamentos de radiação e, em alguns casos, quimioterapia ou terapias hormonais para eliminar esses cânceres precoces.

Em nossa pesquisa, propusemos um tratamento alternativo em que a injeção da droga imunotoxina pelo duto poderia resultar na limpeza do CDIS”, disse Sukumar em carta à imprensa.

Para nossa grande surpresa, as drogas mataram todas as lesões presentes naquele duto mamário. Eu nunca tinha visto resultados tão dramáticos na minha vida”, completou.

Como o estudo foi feito

Para comprovar a eficácia da imunotoxina, os pesquisadores trabalharam com 4 linhagens celulares de diferentes subtipos de câncer de mama em camundongos.

O resultado final foi encorajador: houve a morte das células tumorais em todas elas!

Ao todo, dez camundongos foram submetidos ao tratamento. De forma surpreendente, 30 minutos após a aplicação da imunoterapia, eles já não produziam toxinas circulares no sangue (um sinal de que possuem câncer).

Segundo o Dr. Sukumar e sua equipe, o tratamento são ocasionou efeitos colaterais nos animais, comprovando seu sucesso clínico – que agora poderá ser testando em segurança em seres humanos.

É uma inovação urgente para milhões de pacientes com câncer, muitos deles no Brasil: de acordo com dados divulgados pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), só no ano passado, o Brasil totalizou 66,3 mil diagnósticos da doença no público feminino, com 17,8 mil mortes.

Fotos: Reprodução / Proceedings of the National Academy of Sciences

Via Razões para acreditar.

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