Mulher dá à luz na calçada de hospital; testemunhas denunciam que ela teve acesso negado

Pessoas que presenciaram a cena contaram ao g1 que chamaram o segurança para abrir o portão, mas que ele teria se negado. Caso aconteceu em Vitória de Santo Antão.

Uma mulher deu à luz na rua, em frente a um hospital público, após não ter conseguido entrar na unidade, Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco. Segundo testemunhas, um dos portões de acesso do Hospital João Murilo de Oliveira estava fechado. O caso aconteceu na terça-feira (9). Mãe e bebê passam bem.

Ao g1, testemunhas contaram que a mulher, que não teve o nome divulgado, estava indo à feira quando a bolsa estourou. Ela tentou ser atendida pelo hospital estadual por volta das 14h30, mas se deparou com o portão fechado.

Segundo o autônomo Roberto Souza, que estava no local, isso aconteceu porque o portão que dá acesso ao hospital a partir da Rua Doutor José Augusto fica fechado, sendo a Avenida Henrique de Holanda, do outro lado, a única forma de acesso para os pacientes, mas, como ela estava sentindo contrações, não conseguia chegar.

Moradores que passavam pela rua no momento tentaram chamar o segurança da unidade hospitalar para abrir o portão e, de acordo com Roberto, ele chegou a sair, mas voltou e fechou o portão.

Roberto também conta que ela ficou esperando por cerca de 1h30 para ser atendida, com a criança presa pelo cordão umbilical. “Isso é uma negligência com o ser humano. Ela estava em estado de choque”, disse.

O que diz o Hospital

Procurado pelo g1, o Hospital João Murilo de Oliveiro respondeu:

Há um ano, por questões de segurança para seus pacientes e colaboradores, a unidade fechou o acesso a partir da rua de trás, mantendo o acesso exclusivamente pela entrada principal, na Avenida Henrique de Holanda;

Isso aconteceu devido a ameaças, assaltos e outras dificuldades envolvendo a segurança;

Sobre a atitude do segurança, disse que “o portão fica constantemente fechado, desde o ano passado”;

Que a paciente passou por um parto rápido e sem complicações e foi encaminhada logo em seguida para a emergência obstétrica, por uma equipe do Samu, cinco minutos após as testemunhas o acionarem;

Que a parturiente estava na quarta gestação, não tinha registros de pré-natal e teve um parto característico de uma gestação de 39 semanas;

Que mãe e bebê passam bem e seguem sob os cuidados da equipe multiprofissional do hospital.

Via g1 Pernambuco.

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