Infecções respiratórias lotam pediatrias no HEC e Hospam em Serra Talhada

Nesta época do ano começam a surgir as doenças e infecções respiratórias que afetam diretamente bebês e crianças de até 5 anos. Em Serra Talhada, as alas pediátricas do Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam) e Hospital Eduardo Campos (HEC), estão lotadas. Já são cerca 34 internamentos diários somando os atendimentos nas duas unidades.

A reportagem do Farol fez um levantamento de atendimentos e internações. O Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada, abriu 10 novos leitos de UTI Pediátrica, ao todo são 20 voltados para a faixa etária, que já encontram-se ocupados. Desses, 14 são crianças com menos de um ano e 7 são de Serra Talhada.

“Houve um aumento dos casos respiratórios na população pediátrica, bem como na gravidade com que esses quadros estão se apresentando e isso gerou uma fila de espera por leitos de UTI no Estado. Atendemos a uma solicitação emergencial da SES e conseguimos ampliar o número de leitos de UTI Pediátrica para mais 10 leitos e, hoje, o HEC passa a ofertar um total de 20 leitos para a Central de Regulação do Estado”, explica Patrícia Queiroz, gestora geral do HEC.

INTERNAMENTOS NO HOSPAM

A reportagem do Farol também conversou com a médica responsável pela ala pediátrica do Hospam, Dra. Maria Luiza Ferreira para saber sobre os atendimentos e internamentos de crianças com doenças respiratórias na unidade. Segundo ela, foi reestruturada a pediatria, para criar leitos de internamento e implantação de salas de observação amarela e vermelha.

“Em decorrência do período de sazonalidade a demanda de atendimentos tem aumentado bastante, de março até agora. São realizados em media, 50 atendimentos pediátricos por dia no Hospam. Nos últimos dias, entretanto, em decorrência do pico dos casos de Bronquiolite (infecção respiratória que provoca cansaço, principalmente em bebês)”, esclareceu a pediatra, completando:

“A unidade tem tido uma média de 20 internados diariamente. As crianças mais acometidas são aquelas em idade escolar, principalmente, até os 5 anos de idade. É importante lembrar que essas crianças naturalmente, já tem uma maior tendência a adquirir infecções respiratórias pela maior exposição”.

ORIENTAÇÕES MÉDICAS

De acordo com a pediatra do Hospam, Dra. Maria Luiza os pais e responsáveis devem atentar para as seguintes questões nos cuidados com as crianças nesse período em que há um aumento importante da circulação de vírus respiratórios:

• – Manter atualizadas as vacinas (especialmente, a vacinação contra Influenza e COVID);
• – As crianças menores de 2 meses não devem receber visitas e nem serem levadas a espaços com aglomerações (como shoppings, parques, festas infantis);
• – Os adultos devem higienizar as mãos antes de tocarem as crianças menores;
• – As crianças maiores de 3 anos, devem usar máscaras, manter os cuidados de higiene das mãos;
• – Em caso de sintomas leves (tosse seca, coriza, febre baixa) as crianças devem ser avaliadas na unidade básica de saúde;
• – Nos casos de febre persistente e elevada (por mais de 3 a 4 dias), associado a vômitos, dificuldade em aceitar medicação pela boca, ou cansaço, devem ser avaliadas na emergência pediátrica.

Via Farol de Notícias.