Governo pretende zerar fila do Auxílio Brasil antes do 2° turno

Aproveitando o clima do "Outubro Rosa", a Caixa também anunciou um pacote que beneficia mulheres, grupo onde Bolsonaro tem grande rejeição

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (4/10), Daniella Marques, presidente da Caixa, afirmou que o governo zerará a fila de pessoas inscritas para receber o Auxílio Brasil. O objetivo é incluir 500 mil novas famílias até o fim de outubro. O segundo turno das eleições está marcado para 30 de outubro.

Além disso, Jair Bolsonaro prometeu o 13° do Auxílio Brasil – sem apontar fonte de custeio.

Também foi explicado que os adiantamentos feitos neste mês do Auxílio Brasil e do vale-gás fazem parte de conjunto de ações do Outubro Rosa que dão apoio às famílias chefiadas por mulheres em situação de vulnerabilidade, mas com foco no microempreendorismo. Os pagamentos começam no próximo dia 11 e terminam em 25 de outubro.

O Auxílio Brasil de R$ 600 beneficiará 21,13 milhões de famílias (17,2 milhões são famílias chefiadas por mulheres) e o vale-gás de R$ 112 outros 5,9 milhões. O foco são famílias chefiadas por mulheres, que não perderão o benefício se tornem microempreendedoras individuais (MEI). A Caixa irá abraçar a “causa das mulheres”, como declarou Daniella Marques.

O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, disse que as mulheres como chefes de família “cuidam mais dos seus” e usou como exemplo do governo de Bolsonaro a ampla campanha de regularização fundiária. “A titulação de terras é voltada para elas. As terras ficam no nome delas”, disse.

A variável politica nunca entrou na equação. Como gestor na pasta que eu ocupo, não posso fazer as pessoas esperarem 30 dias porque é período eleitoral”, completou. Daniella Marques corroborou com o ministro sobre a questão eleitoral e disse que quando ocupou a Presidência do banco, se comprometeu em oferecer mais “produtos” às mulheres.

Todas as novas medidas serão implementadas antes da votação do 2° turno das eleições e irão beneficiar, principalmente, o público feminino. O presidente Jair Bolsonaro é mais rejeitado entre elas, do que seu rival, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Via Metrópoles.

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