Brasil tem deflação pelo 3º mês seguido: índice é de -0,29% em setembro

Índice acumulado no ano é de 4,09%. Preço dos combustíveis é novamente responsável pela queda na inflação

Índice acumulado no ano é de 4,09%. Preço dos combustíveis é novamente responsável pela queda na inflação

Novamente, o recuo foi puxado pelo grupo dos transportes (-1,98%). O setor exerceu o maior impacto para que o índice geral fosse negativo, contribuindo com -0,41 ponto percentual. Em setembro, com queda de 8,33%, a gasolina teve o peso mais intenso no IPCA, com diminuição de 0,42 ponto percentual.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, recuou 0,29% em setembro, sendo o terceiro mês de deflação. De acordo com o índice, a inflação acumulada no ano é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. A queda deste mês se apresentou menor que as registradas em julho (-0,68%) e em agosto (-0,36%). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta terça-feira (11/10).

Os outros três combustíveis pesquisados também tiveram redução nos preços: etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%).

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido.

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país.

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda.

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles.

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras.

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas.

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moedas.

Pessoa contando moedas - Metrópoles

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros.

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento.

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido.

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país.

Com isso, os produtos nas prateleiras dos supermercados também começaram a refletir preços menores. O grupo alimentação e bebidas passou de alta de 0,24%, em agosto, para queda de 0,51%, em setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,86%).

“Os alimentos vinham apresentando crescimento desde o começo do ano, inclusive altas fortes em março (2,42%) e abril (2,06%). Essa queda de setembro é a primeira desde novembro de 2021 (-0,04%)”, afirma Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.

Dos produtos que os consumidores vinham reclamando de maior encarecimento, a caixinha de leite longa vida registrou queda de 13,71%, que contribuiu com -0,15 ponto percentual no resultado do mês. Entretanto, o item ainda acumula alta de 36,93% nos últimos 12 meses.

Na análise das capitais que o IBGE usa para construir o índice, duas das 16 áreas tiveram alta em setembro. A maior variação ficou com Vitória (0,21%). A capital do Espírito Santo sofre com o encarecimento de 13% da taxa de água e esgoto e de 5,01% da energia elétrica. Por outro lado, Porto Alegre apresentou taxa de -0,66%, em razão das quedas de 9,04% nos preços da gasolina e de 17,94% nos preços do leite longa vida.

INPC tem queda de 0,32% em setembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve redução de 0,32% em setembro, resultado muito próximo ao registrado em agosto (-0,31%). No ano, o INPC acumula alta de 4,32% e, nos últimos 12 meses, de 7,19%. Os produtos alimentícios passaram de alta de 0,26%, em agosto, para queda de 0,51%, em setembro. Os preços dos não alimentícios, por sua vez, continuaram caindo (-0,26%), embora o recuo tenha sido menor que o do mês anterior (-0,50%).

Artigos relacionados