Viagem de Bolsonaro aos EUA já custa mais R$ 950 mil aos cofres públicos

Do total, R$ 667,5 mil foram gastos, até agora, em diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes

A estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos, que teve início em 30 de dezembro do ano passado, já custou, pelo menos, R$ 950 mil aos cofres públicos. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

O montante leva em conta não só os gastos de Bolsonaro, mas de servidores que foram aos Estados Unidos entre 28 e 31 de dezembro, em missão precursora.

De acordo com os dados repassados pelo Ministério das Relações Exteriores após pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI) e informações do Portal da Transparência, do total, R$ 667,5 mil foram gastos em diárias, hospedagens, aluguel de veículos e intérpretes, entre outras despesas, relativas ao período em que Bolsonaro ainda era presidente.

Outros R$ 271 mil reais foram destinados a pagar diárias para assessores que permaneceram com Bolsonaro após ele deixar a presidência.

A lei garante que ex-presidentes podem manter até seis assessores remunerados pela União, assim como dois carros com motoristas.

Entre os servidores, os que mais receberam diárias foram Sergio Cordeiro (R$ 73,6 mil), Marcelo Câmara (R$ 68 mil) e Max Guilherme (R$ 64,5 mil).

No quesito hospedagens e às diárias, a comitiva que acompanha o ex-presidente gastou, até agora, R$ 299 mil. Já com o pagamento de intérpretes, o Itamareaty arcou com o custo de R$ 39,4 mil.

Nos Estados Unidos, Bolsonaro tem direito a aluguel de veículos pagos pelo governo federal. O valor dos aluguéis, até o momento, é de R$ 338 mil. O valor total da viagem de Bolsonaro, porém, não inclui os gastos com o voo para os Estados Unidos, feitos em avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Altos gastos ao erário público promovidos por Bolsonaro vêm sendo revelados nas últimas semanas. Quando ainda exercia o mandato, ele gastou, por exemplo, cerca de R$ 100 mil no cartão corporativo para viajar, junto com familiares, para o casamento do filho, o deputado federal Eduardo (PL-SP).

O ex-mandatário também gastou quase R$ 700 mil do cartão corporativo em eventos da própria campanha eleitoral. Bolsonaro deve retornar ao Brasil em março.

Via Folha de Pernambuco.

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