Venda de lugares na fila gera tumulto em frente à agência da Caixa Econômica no Centro de Petrolina

Clientes do banco reclamam que, mesmo chegando cedo, tem sido difícil conseguir atendimento. Eles dizem que a venda de lugares na fila é um problema antigo.

Ser atendido na agência da Caixa Econômica do Centro de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, não tem sido uma missão fácil. Nos últimos meses, por conta do pagamento do auxílio emergencial, quem chega tem que encarar uma fila que, muitas vezes, dá volta na praça Dom Malan. A situação fica ainda mais complicada por causa de um problema antigo: a venda de lugar.

Fila em frente a agencia da Caixa no Centro de Petrolina costuma ser grande — Foto: Reprodução / TV Grande Rio

Os usuários do banco reclamam que lavadores de carro, moradores de rua e outras pessoas colocam baldes, cadeiras e outros objetos para marcar os espaços. “É a segunda vez que eu venho ser atendida e o relato é sempre o mesmo, de pessoas que ficam guardando lugares. Aí, conforme a gente vai chegando, eles vão oferecendo as vagas mais próximas do início”, diz a professora Drielly Fernandes.

A professora chegou na fila no início da manhã desta sexta-feira (18), às 5h. Ela conta que os locais na fila estavam sendo vendidos por R$20. “Eu vi algumas pessoas comprando. Acaba que gente que chega seis, seis e pouca, não consegue mais atendimento por causa disso”, lamenta Drielly que, mesmo chegando cedo, pegou a ficha 157.

“É injusto e não deixa de ser uma corrupção. As pessoas chegam depois e passam na frente”, afirma a professora.

No início da manhã desta sexta-feira teve um princípio de tumulto na fila. Muitas pessoas que chegaram cedo não conseguiram ficha pra atendimento. Quando foram pedir explicação a um funcionário da Caixa, os seguranças chamaram a guarda municipal.

Quem ficou na fila em vão pede a presença da Guarda Civil durante as madrugadas para proibir a venda de lugar. Os usuários cobram mais fiscalização do poder público e mais organização da Caixa Econômica Federal.

O motorista rodoviário Francisco da Paz chegou na fila às 6h, mas não conseguiu ser atendido — Foto: Reprodução / TV Grande Rio

“O gargalo é resolver a questão da venda do lugar”, diz o motorista rodoviário Francisco da Paz, que chegou na fila às 6h, mas terminou indo embora sem conseguir ser atendido.

Em nota, a Guarda Civil de Petrolina informou que a denúncia de vendas de lugares será analisada e, se necessário, a Guarda poderá intervir e adotar as medidas legais.

A Polícia Militar disse que, junto com as demais forças de segurança pública, desde o início do pagamento do auxílio emergencial, reforçou as ações próximo as agências bancárias, com o policiamento a pé e motorizado. Essas medidas são para dar apoio aos funcionários da Caixa Econômica Federal, que, segundo a PM, tem a responsabilidade de organizar as filas e o fluxo de clientes.

A Caixa Econômica informou em nota que realiza ações para melhorar o atendimento nas agências e oferecer um serviço de qualidade. Entre elas, a implementação de calendários de saque do auxílio, do FGTS emergencial e a abertura de agências em alguns sábados. A caixa informou também que tem parceira com a prefeitura e com a Polícia Militar para organizar o trânsito e garantir a segurança e o fluxo próximo as agências.

A instituição reforçou que não é necessário madrugar nas filas, já que trabalha com senhas e funciona até o atendimento do último cliente. A Caixa orienta os clientes a acessarem os serviços do banco por meio dos canais digitais na internet. Na nota, não foi informada nenhuma medida para combater a venda de vagas nas filas.

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Via G1 Pernambuco

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