Umbu, fruta em extinção é preservada pelo Grupo Caravana da Esperança no Pajeú

Em São José do Egito, na comunidade de Ipueira, cerca de 31 mulheres saem de casa todas as tardes para produzirem polpa de fruta. Mas não é qualquer polpa de fruta, é a do Umbu, própria da região do Pajeú, e que há anos está em extinção na caatinga. Mas essas mulheres que dependem do Umbu para gerar renda para suas famílias, estão reflorestando o bioma através do Projeto Mulheres na Caatinga, executado pela Casa da Mulher do Nordeste, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O grupo Caravana da Esperança, como o próprio nome diz, abraçou a causa na esperança de preservar a Caatinga e no futuro ter matéria prima para seu trabalho produtivo.

O grupo trabalha com base na economia solidária, onde todo o recurso arrecadado com a venda da polpa de fruta, é distribuído por igual entre as integrantes. Em apenas 4 anos, o grupo já fornece para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). No momento chegam a entregar 10 quilos de polpa por semana. Para aumentar sua produção e trocar experiências com outros grupos, se integraram à Rede de Mulheres Produtoras do Pajeú, que através de um projeto, conseguiram uma sede para melhorar sua produção.

Com a contribuição de assessoria técnica de organizações como a Diaconia, a Casa da Mulher do Nordeste e a própria Rede, estão aperfeiçoando seu trabalho e sua atuação política. As mulheres planejam crescer ainda mais a produção e visibilizar o trabalho local. Joselma Brito que coordena o grupo desde o início, sabe que não produz mais por falta de equipamentos. “Ainda é pouco, nós entregamos 10 quilos por semana, quase todas as mulheres participam da produção e por isso podemos fazer muito mais, mas só temos dois freezers. Mas estamos no início e ainda temos muito para conquistar.”, contou.

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