Trump vence nos EUA: ‘Serei o presidente de todos os americanos’

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em discurso durante sua festa de vitória em Nova York, pediu que a nação se una e prometeu “representar cada cidadão de nossa terra “.

Ele afirmou que será presidente “para todos os americanos” e destacou que “é tempo para a América curar as feridas da divisão” e “tempo para que fiquemos juntos como um”. Trump ainda afirmou que sua administração será um momento de “crescimento nacional e renovação”. “A América não se contentará mais com nada menos que o melhor”.
No Brasil, o presidente Michel Temer comentou hoje (9) em sua conta no Twitter a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. Na avaliação dele, os dois países devem manter a institucionalidade das relações e, portanto, não devem ocorrer mudanças significativas entre as duas nações.

O novo presidente dos EUA contará com amplo apoio do Congresso e do Senado, já que os republicanos conquistaram a maioria no Senado nas eleições de terça-feira e continuarão controlando o conjunto do Congresso americano, tendo inclusive a capacidade de anular as reformas do presidente Barack Obama e principalmente seu controverso programa de seguro-saúde batizado de “Obamacare”.

Para o mundo, a vitória de Donald Trump anuncia um clima geopolítico profundamente novo. De Berlim a Pequim, os líderes estão observando se o Trump dará continuidade às promessas populistas e protecionistas que poderiam travar o compromisso global dos Estados Unidos com políticas profundamente estabelecidas a respeito de comércio, defesa e imigração. Se assim for, a política externa dos Estados Unidos provavelmente se distanciará de seu vizinho México, e em direção à inimiga de longa data Rússia.

O resultado da eleição nos EUA foi notícia em todo o mundo. Grandes veículos da imprensa mostravam em geral surpresa com a vitória do republicano. Nos EUA, o New York Times e o Washington Post tinham o mesmo título em seus sites, em grandes letras: “Trump triunfa”.
Na França, o Le Monde destaca que a vitória de Trump contrariou os prognósticos. O jornal aponta ainda informação do The United States Elections Project, que tem avaliação preliminar de que a taxa de comparecimento neste ano seria mais baixa que na eleição anterior no país. No Le Figaro, o destaque foi para o fato de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, felicitou Trump, enquanto o governo de Berlim previu tempos “mais difíceis”.
No espanhol El País, além da informação em destaque da eleição de Trump, o site destaca um perfil do “magnata que conquistou a presidência”. . O El Mundo deu ênfase para a vitória de Trump “contra todos” e também o fato de que Hillary “fracassa com mulheres e latinos”. Na Alemanha, o Süddeutsche Zeitung apresenta a vitória de Trump como “um ponto de inflexão para os EUA e o mundo”. Na avaliação do Frankfurter Allgemeine, os norte-americanos podem ter decidido por “um experimento”, tamanho o desagrado gerado pela rival democrata.
Na América Latina, o Clarín destaca na Argentina a promessa de Trump de “renovar o sonho americano”, em seu primeiro discurso como vitorioso. O La Nación destaca a fala pela união realizada por Trump e também o fato de que as pesquisas não conseguiram prever a vitória do republicano. Na Colômbia, o El Tiempo diz que o republicano “arrasa e chega à Casa Branca”, com uma vitória do “antipolítico” nessa corrida eleitoral dos EUA.

Do Diário de Pernambuco, com agências

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