Sindicato aponta que 30% das cidades de PE foram alvo de crimes em bancos
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco divulgou, nesta sexta-feira (20), um balanço das ações criminosas praticadas contra instituições financeiras em 2016. O documento revela que ocorreram, entre janeiro e dezembro, 346 casos de violência em 56 dos 184 municípios pernambucanos. Isso equivale a 30,43% do total de cidades.
O levantamento aponta para 250 arrombamentos e explosões, sendo 176 em locais como mercados e postos de gasolina. O documento revela, ainda, que o Agreste foi a área mais atingida pelas ações. Ao todo, 29 cidades que registraram ações violentas ficam na região. Isso significa 51% do universo afetado.
Em seguida, aparecem a Região Metropolitana do Recife e o Sertão, com nove cidades relacionadas a crimes em 2016, ou 9% do universo atingido. Na Zona da Mata, também foram nove municípios prejudicados.
Por causa do medo das investidas, a entidade notificou 51 casos de doenças psíquicas e oito trabalhadores acabaram sendo afastados por problemas relacionados a essa onda de criminalidade no estado.
O levantamento foi apresentado nesta sexta-feira (20). O sindicato detalhou os dados e mostrou que ocorreram em Pernambuco 46 explosões em agências bancárias. Contra os Correios, foram 28 arrombamentos. Houve 16 sequestros, sendo cinco de funcionários de bancos e 11 de servidores dos Correios. O sindicato também notificou 10 assaltos e explosões a carros-fortes.
Nas ações, de acordo com a entidade, os bandidos levaram 404 equipamentos. Ao todo, eram 174 armas, 204 projéteis e cartuchos, além de 26 coletes balísticos.
Medidas sugeridas
Durante a coletiva, os bancários pernambucanos também apresentaram algumas considerações sobre o que deve ser feito pelas autoridades para combater a onda de crimes e evitar novas ocorrências. Para a entidade, uma série de medidas deveria ser adotada pelas instituições e pelos governos.
Entre as ações, o sindicato defende o aumento do efetivo de policiais nas cidades do interior, compartilhamento de dados entre as polícias, secretarias da área de segurança e justiça, além do poder Judiciário. Também pede uniformiformização de levantamento de dados e informações, que ficariam à disposição das polícias federal e estaduais.
O G1 procurou a Polícia Civil para comentar os dados e aguarda retorno.