Radiografia aponta 37 áreas em risco na Caatinga; Floresta está na lista
O diretor-presidente do Centro de Estudos Ambientais do Nordeste (Cepan), Severino Ribeiro, afirma que as más práticas de uso do solo aceleram a desertificação no Estado. Entre elas, a agricultura de corte e queima. Esta foi apontada como o principal vilão. “O manejo da agricultura de corte e queima contribui para a redução na qualidade do solo ao provocar processos de erosão. Esse ecossistema é de difícil recuperação, logo, as pessoas vão partindo para outras áreas”, explica Ribeiro. Segundo ele, a estimativa é que o Estado perca 70% de áreas agricultáveis até 2050.
Estudo: Em Serra Talhada, por exemplo, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado estuda a criação de uma Unidade de Conservação de proteção integral nas matas do Veado e Luanda. “Temos menos de 2% de área de Caatinga ainda conservada no Estado. E quanto mais áreas protegidas, mais aumentaremos a proteção à biodiversidade. Ao mesmo tempo que temos mais cobertura vegetal, enfrentamos a vulnerabilidade às mudanças climáticas e diminuímos o processo de desertificação no Estado”, acredita o secretário Sérgio Xavier.
Nos últimos quatro anos, o Estado criou o Parque Estadual da Serra do Areal e Refúgio de Vida Silvestre Riacho Pontal, em Petrolina, e Monumento Natural Pedra do Cachorro, nos municípios de Brejo da Madre de Deus, Tacaimbó e São Caetano.
Fonte: Blog O Povo com a Notícia