Produção de frutas secundárias se expande no Vale do São Francisco

No Vale do São Francisco, apesar de ser um lugar de destaque para plantações de manga e uva, outras culturas estão se expandindo, são as chamadas frutas secundárias, como a goiaba, acerola e o coco.Dos projetos Senador Nilo Coelho e Maria Tereza, mais de 22 mil hectares são ocupados com as frutas secundárias e a estimativa é que este ano tenha aumento entre 5% e 10%.

De acordo com o distrito de irrigação Senador Nilo Coelho, a produção de coco ocupa mais de 2,5 mil hectares.O consultor agrícola, Pedro Paulo Ximenes, tem uma propriedade com 13 hectares de coco. Os frutos são vendidos para cidades litorâneas, de estados como São Paulo e Rio De Janeiro.

A produção da propriedade gera mais de 5 mil empregos diretos e indiretos. “São culturas de fácil manejo e é ideia para que os pequenos produtores rurais da nossa região, porque é uma alternativa mais barata de investimento e com um percentual de rentabilidade”, explica.

A goiaba ocupa mais de 2 mil hectares, é uma outra fruta secundária com boa produção no Vale. Carlos Nunes é produtor e comerciante de frutas no Núcleo 3 do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho. Na propriedade dele, além da manga e da uva, tem plantio de goiaba também. Por semana, ele vende cerca de 10 toneladas da fruta para estados como Piauí, Ceará, Pará e Sergipe. “Depois da goiaba, muita gente, o projeto mudou e nesses últimos dez anos, 80% dos produtores conseguiram  botar as suas águas em dias e comprar um carro para andar, ter uma estrutura melhor. A maioria tem tratores nas suas roças. A goiaba ajudou bastante esses produtores”, conta.

A acerola também é uma fruta secundária de destaque. O Vale do São Francisco  tem a maior produção do estado, por causa das condições climáticas e do solo. Experiente, com mais de 15 anos na produção de acerola, Antônio Nunes já chegou a colher 94 toneladas da fruta por ano. A produção caiu um pouco, mas, segundo ele, ainda dá para ter uma boa colheita. “ Eu acho que  a acerola é uma das agriculturas que mais produzem. Não tem outra não”, ressalta.

Fonte: G1

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