Prefeitura de Floresta emite nota de repúdio após tumulto em show

A Prefeitura Municipal de Floresta, no Sertão de Pernambuco, emitiu uma nota na noite desta quarta-feira (10) sobre o tumulto que aconteceu durante o show da Banda Pagode SA. Leia o texto na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Floresta vem, de público, formalizar veemente repúdio a toda e qualquer manifestação de violência. Nossa forma de governar é norteada pela democracia, com a garantia do livre direito de manifestação de opiniões e pensamentos e, ainda, por ações direcionadas pelo princípio da legalidade, que diz respeito à obediência às leis.

Sendo assim, não concordamos com a atitude impensada e impulsiva de Arimateia Martins, ao tentar parar, com sua própria força, o show da banda contratada pela Prefeitura Municipal para festividades do carnaval, na noite de 9 de fevereiro.

É importante ressaltarmos que em todos os eventos realizados por esta Administração, é assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), junto ao Ministério Público, onde assumimos diversas responsabilidades, entre elas, a de cumprir com os horários determinados para finalização dos shows musicais, estabelecido pelo próprio Ministério Público, que para esta data era de 2 horas da manhã.

A Prefeitura nunca descumpriu com seus compromissos quanto aos TACs assinados, e não seria desta vez que o faria. De forma alguma se fez necessário o uso de força para que o show fosse finalizado, até porque ainda estávamos dentro do horário previsto. E se assim fosse necessário, deveria ser uma atitude da Polícia Militar, e não de Arimateia Martins.

Juntos, antes do início do carnaval, participamos de uma reunião com a Polícia Militar, quando foram explicados para os donos dos blocos os horários de saída, limite também estabelecido pelo Ministério Público, e não pela Prefeitura Municipal de Floresta.

Como dito anteriormente, somos a favor da livre expressão, e se existiam revoltas ou dissabores, que fossem manifestados, mas não naquela ocasião, e muito menos, daquela forma. Assim sendo, reafirmamos nossa posição contrária a qualquer ato de violência, seja física, seja verbal, seja pela violação do direito do outro, nesta situação, do povo, que teve seu direito de estar em uma festa em paz e com tranquilidade violado por cenas que causaram revolta em quem assistia.

Nosso desejo é que passados os fatos, Arimateia possa se retratar com pedido de desculpas tanto a Prefeitura Municipal, aos integrantes da banda e a toda a população. Somos passivos de falhas, contudo é grandioso reconhece-las.

A Prefeitura de Floresta trabalha pela paz e tem compromisso com cada cidadão deste município.

Em resposta, Arimateia Martins escreveu o seguinte:

Venho através deste esclarecer a todos os foliões florestanos os motivos dos fatos do ocorrido de ontem. É lamentável você da um duro danado durante meses de trabalho para abrilhantar o carnaval, gerando empregos indiretos valorizando o nome de Floresta, pra chegar nos dias do carnaval ser barrado e impedido de desfilar, consequências de um TAC elaborado na ausência dos representantes dos Blocos, os quais tinham os seus cronogramas definidos e que precisava da apreciação da justiça para deixar as coisas bem amarradas. Por consequência disso, os horários estabelecido pela a justiça não foi repassado para nós, na primeira e única reunião que fomos convidados, na mesma repassamos os nossos horários para o Capitão e o Tenente da Polícia Militar e os representantes da Prefeitura os quais foram anotados pelo os militares no momentos em que tivemos reunidos, sendo assim ficamos cientes das nossas obrigações estabelecidas pelo TAC. Nunca quis causar transtorno nem um, apenas exércitei meu direito estabelecido na constituição federal, princípio da isonomia, ou seja a lei é igual para todos, se tínhamos um horário a cumprir, o qual obedecemos a lei e fomos impedido de desfilar prejudicando literalmente o nosso bloco e abalando nossa estrutura física e psicológica, que está mesma LEI seja obedecida por todos, o que não foi feito. E eu como cidadão que respeito os princípios da lei, cobrei a um dos organizadores do carnaval que a cumprisse também, ele e tendo não como resposta, esperei chegar às 2 horas prevista no TAC, e precisamente apois ultrapassar o horário tendo em vista que um dos organizadores disse que iria até 3 , não usei de força e muito menos de violência, fui movido pelo o meu espírito de guerreiro e pela coragem de protestar, poderia sim ter pedido a polícia para fazer isso como alguém fez em Betinho, mais eu tinha que botar minhas angústia e revolta pra fora, para que as pessoas aprendam a considerar a luta dos outros, então, peguei o microfone na mão do cantor e somente avisei às pessoas presente que a banda iria parar para obedecer o TAC estabelecido pela justiça. Não queria que nada disso tivesse acontecido, estou muito triste e abaldo com tudo, mas diante da situação em que ficou o nosso Bloco, as pessoas cobrando o dinheiro das camisas de volta, outras pessoas frustada com tudo que estava acontecendo com a gente, a Troça do Quinca foi barrada de desfilar, ouvi um grande tumutuo com a polícia, e só desfilou por pressão dos participantes presentes, fiquei atento aos cumprimentos da lei, as quais nosso Bloco foi estabelecido e literalmente prejudicado. Nao usei força alguma e nem agredir ninguém, Se nós fomos obrigados a cumprir o TAC e o seu cronograma produzido pela prefeitura sem a participação dos representantes dos Blocos como sempre acontecia em outras ocasiões, “esse foi o grande erro”. Então se tínhamos que cumprir que todos também cumpra inclusive a prefeitura. Mede-se o homem não como ele se comporta nos momentos de conforto e conveniência e se como ele se mantém nos momentos de controvérsias e desafio. Marther Luterking

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