Porto Digital quer dobrar de tamanho e ocupar mais 60 prédios

Ao reunir mais de 300 empresas e 8,5 mil profissionais em volta de projetos inovadores, o Porto Digital logo se transformou em referência de tecnologia e economia criativa no País. Mas nem por isso quer deixar de crescer. Ao contrário. Como a inovação requer cada vez mais espaço no mercado, o parque tecnológico quer dobrar de tamanho nos próximos dez anos. E, para isso, pretende restaurar e ocupar mais 60 edifícios do Bairro do Recife para ampliar as atividades de aceleração, incubação e desenvolvimento de empresas.

“Crescer é um imperativo do mercado e do nosso setor. O Porto sente necessidade de crescer e poder contribuir mais com o desenvolvimento do Recife e de Pernambuco”, disse o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, revelando que esse projeto de expansão já está em andamento. “É um projeto de requalificação imobiliária que contempla cerca de 60 imóveis do Bairro do Recife e está em fase de estudos. Esses imóveis já foram identificados através de um grupo de trabalho composto pela Prefeitura e por um grupo de urbanistas coordenados pelo Porto Digital. Estamos avançando”, detalhou, frisando que agora esses imóveis estão sendo analisados para poderem ser confirmados no plano de ampliação do polo de tecnologia.

De toda forma, a ideia é que esses novos prédios ampliem em cerca de 80 mil metros quadrados a área imobiliária do Porto Digital – quase a mesma área construída ao longo dos 17 anos de existência do parque. “Hoje temos 300 empresas ocupando cerca de 84 mil metros quadrados e esses novos imóveis podem dobrar a nossa capacidade de oferta imobiliária”, disse Saboya, lembrando que esses espaços vão “abrigar empresas, startups, espaços de coworking, aceleradoras, incubadoras, laboratórios e instituições de apoio ao desenvolvimento de tecnologia e empreendedorismo”.

Investimento
O Porto Digital ainda não se sabe qual será o investimento necessários para a ampliação. Afinal, só essa etapa de estudo deve durar dois anos e o restauro dos imóveis, mais oito anos. Mas o polo já sabe que, para crescer, vai precisar de apoio financeiro. Afinal, só a restauração do Apolo 235, prédio mais novo do parque, inaugurado no início do ano, custou R$ 9 milhões – a verba veio do Governo do Estado, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas o BNDES já garantiu que também vai participar dessa próxima rodada de requalificações imobiliárias.

Em visita ao Porto Digital, o presidente do BNDES, Paulo Rabelo Castro, prometeu apoio para que esse “projeto de requalificação imobiliária evoluísse sem sobressaltos”. Além disso, graças a um convênio firmado em 2015, o parque também está para receber R$ 1,4 milhão do Recife e mais R$ 1,4 milhão do Estado. A prefeitura, inclusive, já sancionou o projeto de lei necessário para a liberação da verba.

Via Folha PE

Artigos relacionados

Deixe um comentário