Policial é preso suspeito de roubar drogas de delegacia e entregar a traficantes em troca de sexo em Serra Talhada

Entorpecentes desviados tinham sido apreendidos. Suspeito ocupava cargo de comissário, nível mais alto que um agente da Polícia Civil pode alcançar.

Um policial civil foi preso na segunda-feira (2), por suspeita de roubar e desviar drogas mantidas na delegacia de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, e entregar a traficantes em troca de sexo.

O caso foi investigado pela Operação Pérfido, deflagrada pela Polícia Civil. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão contra o servidor.

Segundo a Polícia Civil, os desvios foram confirmados pela diretoria de inteligência, com a ajuda de imagens de câmeras da delegacia. Além de entregar as drogas desviadas, o comissário também é suspeito de atrapalhar investigações, fornecendo informações estratégicas a criminosos.

“Não podemos afirmar quem são os envolvidos, para não atrapalhar as investigações. O que a gente pode dizer, por ora, é que há a possibilidade de vínculo entre esse comissário e alguns traficantes da região. Há informação, também, de que ele poderia estar trocando drogas por relações sexuais com alguns dos indivíduos”, declarou o delegado adjunto do Grupo de Operações Especiais Jorge Pinto.Embora não tenha sido divulgado quanto tempo de carreira o servidor tinha, o delegado confirmou que o suspeito ocupava o cargo de comissário, que é o nível mais alto que um agente da Polícia Civil pode alcançar. As investigações, segundo o delegado, começaram em junho, após uma denúncia anônima.

“A gente iniciou as investigações em junho a partir de denúncia anônima. Um comissário, durante a realização de plantões, estaria se aproveitando da baixa circulação no interior da delegacia para desviar não só drogas, mas também [divulgar] procedimentos sigilosos em benefício de terceiros”, afirmou o delegado Jorge Pinto.O suspeito foi levado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) e aguarda decisão da Justiça sobre a manutenção da prisão.O delegado Jorge Pinto também lamentou que um membro da corporação estivesse envolvido com um crime.

“Esperamos sempre que sirva de exemplo. Nunca é fácil esse tipo de trabalho por parte do Grupo de Operações Especiais, porque envolve uma pessoa que a população espera acreditar, mas é necessária a nossa função”, disse.

Via G1 Pernambuco

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