Policial de Alagoas é preso com outros dois suspeitos de negociar venda de bazuca em Pernambuco

Um policial militar de Alagoas foi preso, na segunda (6), em um posto de combustível em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, comprando uma bazuca a um colecionador de armas de fogo. De acordo com a Polícia Civil, outros dois homens foram detidos: o vendedor do armamento e o outro comprador da arma.

A bazuca apreendida seria usada para ataques a carros-fortes e agências bancárias. Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, o armamento é de uso exclusivo das Forças Armadas e tem capacidade para perfurar tanques de guerra e destruir edificações.

“Certamente, esse equipamento seria entregue a uma organização criminosa”, afirmou o delegado Vinícius Notari, titular do Departamento de Repressão aso Crimes Patrimoniais (Depatri).

Na ação, realizada em Jaboatão dos Guararapes, os policiais encontraram mais duas armas de uso restrito. Os três presos são um policial militar de Alagoas, um motorista e um atirador e colecionador de armas .

Os detalhes sobre a operação que resultou na apreensão da bazuca foram repassados nesta quarta-feira (8), durante entrevista coletiva no Recife. “É um equipamento usado em guerras e que pode ter vindo da Bolívia ou de outro país da América Latina”, afirmou o delegado.

O Notari explicou que a bazuca, como é conhecida popularmente o lançador de granadas ou rojões, passa por um processo de rastreamento para saber a origem.

“Ainda não identificamos pela numeração, se é do Exército Brasileiro. Sabemos que é uma arma usada em guerras para perfurar blindados. É um armamento de poder de fogo muito alto”, afirmou.

A polícia ressaltou que o motorista é o elo entre o grupo flagrado com o armamento e a organização criminosa. O mesmo confessou ter ligação com um presidiário e também que recebia pedidos para transportar armas.

“O PM de Alagoas pegou a bazuca com um colecionador e repassaria para o atirador. Ele disse que receberia R$ 2 mil pelo serviço”, afirmou o policial.

A bazuca e as outras armas apreendidas, uma pistola pertencente ao PM e um revólver que estava com o colecionador, foram encaminhados para o Instituto de Criminalística (IC), no Recife.

Bazuca é nome popular para lançador de granadas ou rojões, de acordo com a Polícia Civil de Pernambuco (Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação)
Bazuca é nome popular para lançador de granadas ou rojões, de acordo com a Polícia Civil de Pernambuco (Foto: Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação)

Dinâmica

O delegado adjunto do Depatri, Luiz Alberto Braga, explicou que a operação foi desencadeada a partir de informações repassadas à polícia sobre uma negociação de uma bazuca na Rodovia BR-232, em um posto de combustíveis.

Quando os policiais fizeram a abordagem, encontraram a bazuca em um veículo, onde viajavam o PM de Alagoas e o motorista. “Soubemos que o colecionador estava em um banco no Centro do Recife, esperando o pagamento. Fomos lá e prendemos o colecionador, que portava um revólver 357”, comentou.

O delegado-adjunto ressaltou que todos foram autuados por comércio ilegal da bazuca. “Eles não podiam fazer a transação do lança rojão ou granadas. Antes na negociação, tem que pedir aitorização ao Exército é checar esse é uma transação para colecionar. Não foi apresentada documentação nem cadastramenbto e m acervo patrimonial”, declarou.

Diante da autuação, os três podem receber penalidades de quatro a oito anos de prisão. “Isso pode aumentar, caso fique comprovado que arma veio de fora do Brasil. Isso seria tráfico internacional de armas”, acrescentou.

Via G1 Pernambuco

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