Policiais civis pressionam Paulo Câmara e ameaçam parar no Carnaval

Para pressionar o governador Paulo Câmara (PSB) por reajuste salarial e melhores condições de trabalho, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) marcou para o dia 13 de fevereiro uma assembleia. Na reunião, segundo a entidade, pode ser decidida a realização de uma paralisação durante o período de Carnaval.

O presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, esteve na última segunda-feira (3) na cerimônia de formatura de 405 novos agentes de polícia cerimônia realizada no Centro de Convenções. Segundo Cisneiros, a diretoria do sindicato cobrou de Paulo Câmara maior valorização dos policiais.

“Fiquei frente a frente com o governador e reiterei nossa intenção de investir no diálogo, mas, diante da falta de sinalização por parte do governo e de acordo com as últimas deliberações da nossa categoria, seguimos com a mobilização dos Policiais Civis de Pernambuco para a implantação de uma ‘Operação Padrão‘”, disse o presidente do sindicato, em nota.
“Além disso, no próximo dia 13, haverá nova assembleia para avaliação da postura do governo, o que pode acentuar o tom, inclusive, no período carnavalesco e paralisar os serviços da polícia civil. Não é isso que queremos, mas estamos no limite. Desde o ano passado tentamos negociar e nada de sensibilidade do governo para nossa valorização, continuamos entre um dos piores salário do país”.

Em nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) afirmou que “todo o planejamento para o Carnaval 2020 está sendo feito desde o segundo semestre de 2019, por meio do Grupo de Trabalho do Carnaval, e será apresentado em coletiva de imprensa na manhã do 11 de fevereiro, na sede da SDS. A segurança pública terá importante reforço para o período (das prévias ao pós-festa), com a chegada de mil policiais civis e militares recém-nomeados pelo governador Paulo Câmara, para que os foliões pernambucanos e turistas brinquem com muita tranquilidade a alegria”.

Em 2015, os policiais civis também ameaçaram paralisar as atividades no Carnaval, mas, após um acordo com o governo estadual, não houve greve. No mesmo ano, o primeiro de Paulo Câmara no Palácio do Campo das Princesas, os policiais militares também fizeram mobilizações para pressionar a gestão estadual.

Via Blog de Jamildo

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