Pernambuco decreta situação de emergência por causa da superlotação de UTIs neonatais e pediátricas

Problema ocorre devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), causados por vírus.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) decretou situação de emergência em saúde pública devido à superlotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e pediátrica em Pernambuco. De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, o problema ocorre devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), causados por vírus.

Na quinta-feira (15), havia mais de 60 bebês e crianças esperando por uma vaga de UTI na rede pública de Pernambuco. Neste ano, foram registrados mais de 2 mil casos de Srag entre menores de 10 anos, com mais de 30 mortes confirmadas.

A emergência em saúde pública é válida por 90 dias, mas pode ser prorrogada, se for necessário. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial, na terça-feira (20), e entrou em vigor imediatamente.

A medida autoriza a adoção de “medidas urgentes voltadas à prevenção, controle e ampliação da rede de atenção à saúde infantil”, mas não especifica quais são essas ações.

O g1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para saber quais são as medidas, mas, até a última atualização desta reportagem, não recebeu resposta.

O decreto assinado pela governadora também afirma que o avanço dos casos de Srag tem deixado superlotadas as emergências dos hospitais, “com expressiva taxa de ocupação de leitos”. Ele afirma que é necessária a abertura de leitos, em especial de UTIs neonatal e pediátricas.

Aumento de casos

Atualmente, segundo a SES, Pernambuco vive um período de sazonalidade para vírus respiratórios, entre os meses de maio e julho, o que aumenta a demanda por leitos especializados na rede pública de saúde, principalmente para o público pediátrico.

Até o dia 16 de junho, Pernambuco tinha 219 leitos de UTI pediátrica, e todos estavam ocupados. Entre abril e junho, 90 leitos de UTI foram abertos pelo governo, sendo 70 pediátricos, 10 pediátricos cardiológicos e 10 obstétricos. Entretanto, eles não foram o suficiente para conter a necessidade de leitos.

Via g1 Pernambuco.

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