Pastor pediu dinheiro e ouro a prefeito para liberar verba do MEC, diz prefeito

A notícia começa desse jeito surreal: um dos pastores que negociam transferências de verba federal para prefeituras pediu 1kg de ouro (cerca de 300 mil reais) em troca de liberar verbas de obras de educação para a cidade. De onde a gente vem isso aí chama propina.

Quem traz a informação é o prefeito Gilberto Braga, da cidade Luis Domingues, no Maranhão. Segundo ele, o pedido foi feito em um restaurante de Brasília, na presença de outros políticos.

O pastor que fez o pedido se chama Arilton Moura (ao fundo da foto). Ele e Gilmar Santos (com o microfone), outro pastor, têm negociado dinheiro do governo federal para cidades de seu interesse, mesmo sem ocupar cargos no governo Bolsonaro.

No início desta semana, a Folha de S. Paulo divulgou um áudio em que o ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro (o da esquerda na foto), afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados pelos pastores Gilmar e Arilton. Dá pra acreditar?

Calma que piora: segundo o próprio ministro, o esquema de liberação das verbas via pastores atende a um pedido direto do presidente Bolsonaro e ele menciona pedidos de apoio direcionados para a construção de igrejas.

Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura têm, ao menos desde janeiro de 2021, negociado com prefeituras a liberação de recursos federais para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia.

Veja:

Via Quebrando o Tabu

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