Mulheres são presas em aeroporto do Panamá usando ‘narcoperucas’

Segundo autoridades, as duas serão levadas para um tribunal de garantias por suposto tráfico internacional de drogas

Duas mulheres colombianas foram presas nesta sexta-feira (3) no aeroporto internacional de Tocumen, Panamá, quando tentavam viajar para a Espanha com cocaína escondida sob perucas, informou a Procuradoria-Geral do país centro-americano.

Em um primeiro momento, a promotora panamenha especializada no combate às drogas, Xiomara Rodríguez, informou sobre a prisão, no terminal aéreo, de uma colombiana procedente de um voo de seu país com destino a Madri.

Segundo a versão oficial, a polícia abordou a mulher por suspeitar do seu penteado. Após submetê-la a um scanner, os agentes observaram que, entre as tranças do seu cabelo natural e a peruca que usava, estavam escondidos comprimidos de droga.

Xiomara informou que a mulher, sobre quem não foram divulgados detalhes, transportava por baixo da peruca “68 pacotes pretos cilíndricos contendo um pó branco“. Essa modalidade de tráfico de drogas é inédita no Panamá, acrescentou, em vídeo publicado na conta do Twitter do Ministério Público do Panamá.

Segundo a promotora, a mulher será levada perante um tribunal por suposto tráfico internacional de drogas.

A polícia panamenha publicou em sua conta do Twitter uma foto onde dois agentes aparecem segurando uma pessoa, todos de costas, atrás de uma mesa com as embalagens da suposta droga.

Horas depois, a promotoria anunciou a prisão de “uma segunda mulher” com “67 pacotes contendo uma suposta droga” escondidos sob outra peruca. Ela também era procedente da Colômbia e tinha como destino a Espanha. 

Embora a informação oficial não especifique a nacionalidade da segunda detida, fontes da promotoria confirmaram à AFP que se trata de outra colombiana. Segundo autoridades, as duas serão levadas para um tribunal de garantias por suposto tráfico internacional de drogas.

Entre as modalidades curiosas de tráfico de drogas, em 2021 a polícia panamenha apreendeu, no perímetro de uma prisão, o “narcogato”, um felino que levava cocaína, crack e maconha amarradas no pescoço, supostamente para introduzir as drogas no presídio.

O Panamá é a entrada na América Central das drogas procedentes da América do Sul, principalmente da Colômbia, o maior produtor mundial de cocaína, para os Estados Unidos, maior consumidor global desta droga.

No entanto, autoridades centro-americanas têm advertido para um aumento significativo do tráfico de drogas para a Europa através, principalmente, dos portos caribenhos da região.

Via Folha de Pernambuco.

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