MPPE alerta municípios para que cumpram processo de transição

Representantes do Fórum de Combate à Corrupção (Focco/PE), composto por cerca de 30 órgãos públicos, como Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e Ministério Público de Contas, se reuniram nesta segunda-feira (17) para definir os novos rumos da operação Terra Arrasada. Os alvos das investigações são atuais prefeitos que não se reelegeram em seus municípios ou não tiveram seus indicados políticos eleitos.

A iniciativa pretende acompanhar a transição das gestões municipais e impedir que gestores que não se reelegeram pratiquem a costumeira “política da terra arrasada”, deixando dívidas, zerando os cofres públicos, destruindo documentos (principalmente os contábeis e processos de licitações), suspensão dos serviços essenciais, ou que pratiquem políticas de demissão de médicos e profissionais de saúde, entre outras ações.

Na reunião foi apresentado um documento com recomendações para os prefeitos que estão deixando os cargos e os que estão assumindo as prefeituras. “Tem sido, infelizmente, muito comum nós verificarmos o desmonte dos serviços públicos, começando inicialmente com a demissão de terceirizados em hospitais em detrimento da continuidade da prestação de serviços públicos à população e com o abandono das cidades, o fornecimento de merenda escolar e interrupção dos serviços de recolhimento de lixo”, ressalta a procuradora-geral em exercício do Ministério Público de Contas, Germana Laureano.

O procurador-geral de Justiça Carlos Guerra destacou a importância desse documento. “Essa recomendação é devido à preocupação dos órgãos de controle para que a lei seja cumprida no que se refere à transição dos poderes do prefeito atual para o prefeito eleito”, salienta.

No início de outubro, a Justiça acatou uma ação civil pública ajuizada pelo MPPE e determinou o afastamento do prefeito de Ribeirão, Romeu Jacobina de Figueiredo, por improbidade administrativa. O gestor é acusado de não pagamento de salários dos servidores, aposentados e pensionistas do município da Mata Sul do estado, além dos contratados e comissionados. O atraso na folha de pagamento do município já conta seis meses.

Fonte: G1

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