Ministério da Integração Nacional denuncia furto em obra do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco

O Ministério da Integração Nacional denunciou no início desta semana o furto de uma das bombas das comportas do reservatório Tucutu, localizado no Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobó. Segundo o órgão, o furto aconteceu nessa segunda-feira (09), mesmo dia em que credores da Mendes Júnior invadiram o escritório do Ministério da Integração Nacional em Salgueiro e impediram os servidores de cumprirem jornada de trabalho. Ontem a área jurídica da pasta apresentou um recurso de reintegração de posse do prédio à Justiça Federal para normalizar a situação, mas até o momento não houve deliberação e parte dos manifestantes permanece na unidade.

Comerciantes com contas a receber da Mendes Júnior iniciaram um protesto sexta-feira (06) para receber cerca de R$ 24 milhões pelos serviços prestados. O Ministério da Integração afirma que houve vandalismo.  “Primeiro, as mangueiras das comportas do reservatório Tucutu foram danificadas, o que gerou vazamento de óleo dentro do açude, fazendo com que essas comportas fossem fechadas por questão de segurança […]. Além disso, a estrutura de controle de Tucutu também foi deteriorada por pichações. O texto é assinado pelos credores da Mendes Júnior”, relata a assessoria da pasta em nota.

O Ministério da Integração Nacional assegura que não possui débitos com a Mendes Júnior e que a construtora é que tem uma dívida de mais de R$ 200 milhões com a instituição. “Como são prestadores de serviço com uma relação contratual entre empresas privadas, a União está impedida de pagar débitos da construtora com seus fornecedores, de acordo com a legislação. Portanto, a responsabilidade por esta quitação é da empresa Mendes Júnior, que assumiu o compromisso com os comerciantes”, destaca.

Ainda de acordo com a nota, o Governo Federal está analisando as medidas legais cabíveis para que as águas do São Francisco voltem a percorrer os canais. “Os prejuízos causados também estão sendo analisados para que as comportas possam ser reabertas o mais rápido possível”, assegura o Ministério, que classificou como ato criminoso a invasão dos credores. “Prejudicam o abastecimento de mais de 4 milhões de pessoas que estão à espera da água do Projeto São Francisco, como é o caso da capital cearense de Fortaleza. Além dos vários agricultores da região que virão a ser contemplados”, argumenta.

Via Alvinho Patriota

Artigos relacionados

Deixe um comentário