Índios interditam BR-428 em protesto contra a política de municipalização da saúde indígena do Governo Federal

Nesse momento índios de várias tribos e de diferentes regiões em todo o país, realizam atos em protesto contra a política de municipalização da saúde indígena do Governo Federal. Centenas de índios da tribo Truká de Cabrobó e de Orocó, municípios do sertão do São Francisco pernambucano interditaram a BR-428 na altura do Km 12, já na entrada da área urbana da cidade de Cabrobó, sentido Petrolina a Recife.

A pista já se encontra com vários veículos e caminhões estacionados, todos foram pegos de surpresa e alguns até apoiam o movimento dos índios. A manifestação em Cabrobó está sendo liderada pelo Cacique Neguinho Truká e pela vereadora Pretinha Truká. O prefeito do município de Cabrobó, Marcílio Cavalcanti (MDB), esteve no local em apoio aos índios Trukás. A reivindicação da comunidade indígena Truká em Cabrobó, conta com apoio de vários profissionais da área de saúde.

Além do manifesto na BR-428, na cidade de Cabrobó, há informações de outros protestos, de diversas etnias, sendo realizados em São José do Belmonte, Ibimirim, Salgueiro e Pesqueira com as mesmas reivindicações.

Nota do Ministério da Saúde

“O Ministério da Saúde esclarece que a realização de ações na Atenção à Saúde Indígena desenvolvidas pela Secretaria Especial de Saúde indígena (SESAI) é uma das atribuições da pasta e que as eventuais mudanças no desenvolvimento dessas ações de vigilância e assistência à saúde aos povos indígenas ainda estão sendo objeto de análise e discussão.
É importante deixar claro que não existe, no momento, medida provisória do governo federal que modifica a política indigenista do país e municipaliza os serviços de saúde de indígenas.
Cabe ressaltar que não haverá descontinuidade das ações. Para isso, o Ministério tem se pautado pela garantia da continuidade das ações básicas de saúde, a melhoria dos processos de trabalho para aprimorar o atendimento diferenciado à população indígena, sempre considerando as complexidades culturais e epidemiológicas, a organização territorial e social, bem como as práticas tradicionais e medicinais alternativas a medicina ocidental.”

Via Blog do Didi Galvão

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