Governo culpa crise para não enviar tablets a estudantes das escolas de referência

Meses após Paulo Câmara prometer entregar tablets a estudantes de Floresta, no Sertão de Pernambuco o jornalista responsável por este blog finalmente recebeu uma resposta concreta sobre o assunto. Na época, os estudantes da Escola de Referência Cap. Nestor Valgueiro de Carvalho ficaram felizes com a notícia, mas agora acabaram-se as esperanças.

A crise chegou no Governo do Estado. A partir de agora os alunos podem não ganhar mais tables individuais. Ao invés disso, eles vão compartilhar o mesmo aparelho e apenas na sala de aula.

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Leia abaixo a resposta enviada através da ouvidoria do Estado de Pernambuco:

Devido à crise econômica que afeta o Brasil e o Estado de Pernambuco, não foi possível adquirir os tablets individuais para distribuir para cada um dos estudantes do segundo ano da Rede Pública Estadual, que são os beneficiados com os equipamentos, conforme prevê o Programa Aluno Conectado. A justificativa é o custo do programa cerca de R$ 100 milhões anuais. Tendo em vista o atual cenário de recessão econômica do país ao qual o Governo de Pernambuco não está imune. A Secretaria de Educação do Estado informou a situação às escolas, ainda em 2015, sobre esta dificuldade e, como não houve melhora na economia, vem reforçando este informe durante este ano de 2016.

Algumas soluções, porém, foram pensadas para beneficiar as escolas e seus grupos de estudantes, como a criação de lab tablets, que são laboratórios de tablets que já estão sendo instalados nas escolas, e também a aquisição de armários especiais para tablets, que permitem carregá-los, conservá-los e levá-los para as salas de aula conforme a necessidade pedagógica dos professores. Estes ?carrinhos? ainda estão em processo para licitação. Essas alternativas atenderiam os objetivos dos tablets bem como do Programa Aluno Conectado, que vão servir de apoio pedagógico nas aulas e nas pesquisas em gerais, com acesso a conteúdo dado pelo professor em sala de aula.

O Governo lamenta a situação de não poder mais doar um equipamento para cada um, como era feito inicialmente, mas garante a continuidade do Programa Aluno Conectado com soluções que se adaptam às receitas do Estado e sem prejuízo pedagógico ao objetivo do programa.

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