Homem tem a mão decepada durante uma tentativa de assalto
Um homem de 53 anos teve a mão decepada em uma tentativa de assalto nesta sexta-feira (27), em Olinda, no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, ele estava de bicicleta a caminho do trabalho, nas proximidades da Avenida Presidente Kennedy, quando foi abordado por dois ladrões.
Informações preliminares divulgadas pela polícia apontam que um bandido estava com arma de fogo e o outro com um facão, com o qual atingiu a vítima depois da recusa em entregar a bicicleta, fazendo com que perdesse a mão esquerda.
No caminho até o prédio em que trabalha como porteiro, há quase 30 anos, manchas de sangue mostram o percurso que o homem fez para pedir ajuda. No local, o síndico e outros dois porteiros auxiliaram a vítima.
“Minha preocupação toda foi recuperar a mão, porque ele estava bem, a gente conversou com ele. Eu encaminhei dois porteiros para ir até o local. Chegando lá, passamos 15 minutos procurando e encontramos a mão. Em seguida, a polícia chegou e o levou e a gente foi comprar um saco de gelo, colocar a mão dele para acondicionar em um lugar mais seguro”, contou o síndico do edifício onde o porteiro trabalha.
A vítima foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de onde seguiu para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), Depois, foi encaminhada para o SOS Mão, especializado nesse tipo de lesão.
A médica Ana Lécia Lima, uma das responsáveis pelo atendimento de Valdeci na unidade especializada, apontou que a mão dele chegou acondicionada em gelo e os médicos iniciaram uma cirurgia para fazer o reimplante, conseguindo refazer veias, artérias, nervos e tendões.
“Ele chegou com isquemia, sem a circulação de sangue no local, de quase sete horas. Ele deu entrada aqui por volta 11h, estabilizamos e seguimos para a cirurgia. Quando a mão chega no gelo, temos até 24 horas para fazer o reimplante. O quanto antes, melhor é o resultado”, explicou.
A médica falou também sobre a expectativa de recuperação dos movimentos da mão do paciente.
“Ele vai ter algum movimento sim. O problema é toda a fibrose, a rigidez que pode acontecer nos pós-operatório desse caso. Sem falar que a sensibilidade das mãos foi cortada na hora da lesão, então a gente refez os nervos e tem que saber também o quanto vai voltar de sensibilidade. Ele vai ter algum movimento sim, mas o quanto a gente só vai descobrir com o tempo”, finalizou sobre o paciente que não tem previsão de alta.
Via G1 Pernambuco