Funcionários da previdência de Ibimirim são presos por desvios

Grupo é acusado de provocar prejuízo de R$ 720 aos cofres da prefeitura. Três homens e duas mulheres, entre eles o diretor financeiro da Ibiprev, foram presos

Cinco pessoas foram presas pela Polícia Civil de Pernambuco sob a acusação de envolvimento no desvio de R$ 720 mil do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Ibimirim (Ibiprev), no Sertão de Pernambuco. A operação, deflagrada na quarta-feira (17), foi detalhada em coletiva de imprensa.

Os presos foram identificados como Tiago Honorato Dedil, diretor financeiro da Ibiprev, Débora Rejane Ferreira Jorge de Lima, Manoel Gomes Tenório, Kerly Christina Cavalcante de Lima e Denivaldo Jorge de Lima. Todos esperam a decisão da Justiça em presídios e penitenciárias do estado.

Eles são suspeitos de fazer transferências irregulares de valores depositados em contas-salários de beneficiários do Ibiprev para a conta de terceiros. Além disso, também foram identificados pagamentos irregulares de licenças médicas por períodos muito mais extensos do que os cobertos pelos atestados.

De acordo com a Polícia Civil, o servidor que deveria ser responsável por suspender o benefício não dava baixa no auxílio-doença quando o beneficiário recebia alta médica. Desta forma, o servidor voltava a receber o salário normalmente pelo Município e continuava recebendo também pelo Ibiprev.

Segundo o delegado Diego Pinheiro, as investigações sobre do caso começaram após o prefeito do município denunciar o desvio de recursos do instituto. “O primeiro passo se deu quando identificamos que a verba desviada passava antes pela conta de uma idosa que tinha mais de 100 anos. O Tribunal de Contas de Pernambuco fez uma auditoria nas contas do instituto e foram identificadas cinco contas bancárias suspeitas, todas vinculadas ao diretor financeiro do Ibiprev, que estariam recebendo o dinheiro desviado”, explica.

“Eles inseriam dados falsos e alteravam o número das contas para parecer que estavam realizando a operação correta. Outra coisa que levantou as suspeitas foi a incompatibilidade do padrão de vida do diretor financeiro da instituição com o salário recebido por ele, de R$ 1,7 mil”, detalhou o delegado.

Com o grupo preso, foram apreendidos uma pistola calibre 32, sete aparelhos celulares, quatro notebooks, um tablet, um veículo e R$ 8 mil. Além disso, também foram apreendidos CRLVs, notas fiscais, certidões, declarações de imposto de renda, contratos de compra e venda, extratos bancários e cartões de crédito. O material recolhido será periciado em busca de novos indícios das fraudes.

Via OP9

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