Estudante morreu intoxicada por gás no mesmo prédio que casal faleceu no Rio de Janeiro

Uma estudante morreu, em 2012, em decorrência de problemas no aquecedor a gás no mesmo prédio em que um casal foi encontrado morto no Leblon, Rio de Janeiro, terça-feira (23). As informações são do Extra

Camila Paoliello Ribeiro, de 24 anos, foi achada sem vida com o chuveiro ligado em um apartamento no mesmo andar que Mateus Correia Viana e Nathalia Guzzardi Marques, ambos de 30, foram encontrados em circunstâncias semelhantes. Os três eram moradores do sexto andar do Condomínio Solar Satélite, localizado na Avenida Bartolomeu Mitre, Zona Sul do Rio.   

Camila, que era estudante de Araçatuba, no interior de São Paulo, foi encontrada por um amigo caída dentro do box do banheiro no apartamento 608, enquanto o chuveiro estava ligado, no dia 11 de setembro de 2012.   

Segundo o registro de ocorrência feito na 14ª DP, no Leblon, à época, um policial militar do 23º BPM comunicou ter sido acionado para ir ao condomínio por volta de 8h. Chegando no local, homens do quartel do Corpo de Bombeiros da Gávea informaram que Camila havia sido encontrada desacordada por um amigo paulista, que viera ao Rio passar o fim de semana.  

Condomínio Solar Satélite, localizado na Avenida Bartolomeu Mitre, Zona Sul do Rio.
Legenda: Os três eram moradores do sexto andar do Condomínio Solar Satélite, localizado na Avenida Bartolomeu Mitre, Zona Sul do Rio de Janeiro Foto: reprodução/Google Maps

Na delegacia, a testemunha relatou que, como a estudante estava demorando no banho, então ele decidiu ver o que havia acontecido e a encontrou caída, com o chuveiro aberto.  

Assim como Camila, o casal Mateus Correia e Nathalia Guzzardi, moradores do apartamento 601, foram achados por amigos caídos no chão do banheiro, com o chuveiro ligado.  

As investigações apontam que os três jovens foram vítimas de acidentes domésticos em decorrência de vazamentos de gás, responsável por aquecer a água nos banheiros dos imóveis. 

Um laudo complementar do exame de necropsia feito no corpo de Camila concluiu, em 22 de agosto de 2013, que a causa de sua morte foi a intoxicação, por “ação química”. O documento assinado pela perita legista Virgínia Rosa Rodrigues Dias, ao qual o GLOBO teve acesso, atesta a detecção de carboxihemoglobina no sangue acima de 40%.  

Segundo o Extra, nessa quantidade, os sintomas apresentados podem ser diversos, desde forte dor de cabeça, latejamento das têmporas, fraqueza, tontura, diminuição da visão, náusea, vômito e aceleração da respiração, até o aumento da chance de colapso e síncope.  

SUMIÇO DO CASAL 

Mateus Correia e Nathalia Guzzardi eram procurados desde a última segunda-feira (21), quando deram notícias a amigos e familiares pela última vez. Após isso, os colegas próximos foram à casa, entraram no local e acionaram os bombeiros ao encontrarem os dois desacordados.  

Os corpos de Matheus e Nathalia só foram retirados na manhã desta quarta-feira (23), pelo Instituto Médico-Legal.  

Ainda segundo a Polícia, os amigos adentraram no local, pois sabiam a senha da fechadura eletrônica. Um deles foi o responsável pelas ligações aos bombeiros, primeiro informando que os dois estavam desacordados e, minutos depois, confirmando a morte. 

AUSÊNCIA NO TRABALHO 

A primeira preocupação dos mais próximos aconteceu quando Nathalia, que era psicóloga, não compareceu a um dos atendimentos na terça-feira. A jovem deveria ter comparecido à clínica na Freguesia, Zona Oeste do Rio. 

O último encontro com a mãe foi na segunda-feira (21), quando almoçou com ela e pediu para que buscasse o filho, de 8 anos. 

Via Diário do Nordeste

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