Estados vão congelar preço médio dos combustíveis por 90 dias, mas pedem contrapartida da Petrobras

Durante este período de 3 meses, gestores estaduais esperam que amadureçam discussões sobre o fundo de equalização dos combustíveis e sobre a política de preços da Petrobras

Diante das críticas aos constantes aumentos dos combustíveis, os Estados decidiram dar uma demonstração de que estão dispostos a negociar sua participação nos preços. Nesta quinta-feira (28), durante reunião virtual do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), os 27 secretários da Fazenda do Brasil vão congelar por 90 dias o chamado Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF) de combustíveis. Na prática, a medida vai amortizar os reajustes da Petrobras.

Em Pernambuco, o Preço Médio do litro da gasolina vai aumentar R$ 0,09, na próxima segunda-feira (1º), passando de R$ 5,8800 para R$ 6,1860. A partir de então, o valor ficará congelado por três meses. Desde o ano passado, Governo Federal, Petrobras e Governos Estaduais vêm se engalfinhando e jogando a culpa da escalada nos preços dos combustíveis de um para o outro. A verdade é que a composição do valor envolve todos esses atores e a situação só será resolvida mediante uma ampla negociação, em que cada um cederá um pouco.

O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, diz que os Estados estão fazendo um ‘sacrifício’ e congelando o valor do preço médio dos combustíveis por 90 dias, numa expectativa de mobilização da Petrobras. “Esse congelamento por 90 dias é o tempo suficiente da Petrobras apresentar uma solução. O País está sangrando com esses constantes aumentos, enquanto os acionistas da Petrobras estão ganhando muito dinheiro”, diz.

Via Jornal do Commercio de Pernambuco

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