Em Pernambuco, contratação de mulheres supera a de homens em 2021

Pernambuco vem apresentando um movimento importante para o equilíbrio de gênero no mercado de trabalho. No acumulado do ano (janeiro a maio de 2021), o Estado contratou mais de 13 mil pessoas, sendo 10.606 mulheres (81,44%). O resultado representa a recuperação das demissões femininas do mesmo período de 2020 (-5.643) e um avanço positivo que marca quase o dobro de novos postos de trabalho assumidos por mulheres. A faixa etária predominante nas contrações femininas foi de 18 a 24 anos, seguida dos 25 a 29 e depois dos 30 a 39.

“No momento mais difícil da história atual, com a maior pandemia sanitária, as mulheres se superaram. No ano passado, elas perderam espaço, tiveram mais dificuldade de pedir ajuda, precisaram cuidar da família e da educação dos filhos. Muitas fizeram isso sozinhas. Ainda é muito cedo para dizer que o resultado vai ser duradouro. Mas, esse ano, o cenário está mudando por causa das políticas públicas, de mudanças na iniciativa privada e do aumento de qualificações. Nas qualificações presenciais realizadas pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação, cerca de 80% foram ocupadas por mulheres”, declarou o secretário Alberes Lopes.

Segundo dados do CAGED, em todas as unidades da federação, o reconhecimento das mulheres no mercado de trabalho cresceu em 2021, mas, somente na região nordestina, houve estados onde o número de postos de empregos para mulheres ultrapassou o de homens a exemplo de Pernambuco, da Paraíba, de Alagoas e Sergipe.

Em termos quantitativos, a Bahia abriu 22.354 (35,83%) postos de emprego para mulheres (maior que os números de Pernambuco). Porém, no mercado de trabalho baiano, as contratações masculinas prevaleceram (40.030)

No Estado pernambucano, as mulheres ocupam, respectivamente, postos de serviços administrativos, de profissionais de ciências e artes, de técnicas de nível médio (nas áreas de saúde, operação de equipamentos, bioquímica), entre outros. Chama a atenção que, nos cinco últimos meses, eles se sobressaíram como superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e gerentes de empresas. Nesses cargos de chefia, foram 310 contratações de mulheres e 72 de homens.

BRASIL – No Brasil, o quadro ficou o seguinte: 156.038 homens e 124.628 mulheres admitidas. No Nordeste, por sua vez, o saldo entre contratações e demissões reduziu desigualdades. Ao todo, 66.075 pessoas do sexo feminino assumiram postos de trabalho, um pouco maior que o de homens (58.596). No restante do País, apenas o Amapá e Roraima, no Norte, a contratação de mulheres também foi superior à dos homens.

Via Blog do Mikael Sampaio

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