Em Pernambuco, anúncio da Reforma da Previdência foi mal aceito

A decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de retirar os servidores municipais e estaduais da reforma da previdência também foi vista com cautela e rechaçada pelos parlamentares pernambucanos. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB), se disse surpreso com a decisão e que, como presidente da comissão que estuda a reforma da Previdência, encaminhará ofício ao presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM), solicitando detalhes da alteração. “Estamos vendo como será a formatação desse encaminhamento aos estados para a partir dai fazermos reunião e deliberarmos uma agenda diante desse novo contexto. É importante que esse debate aconteça no Brasil”, disse.

Líder do governo, o deputado Isaltino Nascimento (PSB) acusou o Governo Federal de querer encontrar um “bode expiatório” ao deixar a cargo dos chefes de estado e município a prerrogativa de promover a reforma desses servidores.
“Essa decisão remete a uma parodia bastante conhecido por todo mundo que a questão do bode expiatório. Na verdade, a reforma se mantem na essência. As mudanças que vão acontecer terão que ser necessariamente feita para os servidores estaduais. É uma maquiagem para tirar a pressão política. Os governadores não terão muita margem de manobra” o socialista tendo as suas críticas endossada pela petista Teresa Leitão. “Temer está pensando que somos bobos. Ele quer dourar a pílula. Não há a mínima condição desse recuo, ou aparente recuo, significar uma aceitação dessa reforma. continuamos com a condição de ser contra a reforma, porque ele não mexeu no desmonte”. Na Câmara do Recife, integrantes da bancada de oposição também condenaram a mudança.
Na avaliação da líder da oposição, Marília Arraes (PT), o movimento é interpretado como uma “tentativa de desmobilizar o movimento contra a reforma da previdência”. “Não é um reforma, é um desmonte da previdência. Temos tentado alertar que quando um nicho é atingido os demais todos podem ser. “Foi um recuo, mas foi estratégico para dividir as classes. Quando joga para governadores e prefeitos resolverem isso… mas essa conta chega um dia, temos que ficar em alerta. Os estados e municípios se forem legislar (sobre a previdência), os trabalhadores estarão em risco”, alertou o vice-líder da oposição, Rinaldo Júnior (PRB).

Via Folha PE

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