Com baixos indicadores de Covid-19, secretário prevê liberação de máscara em locais públicos a partir de dezembro

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), anunciou, nesta quinta-feira (4), que o Estado apresenta baixos patamares e leves flutuações de casos da Covid-19. De acordo com a SES-PE, os indicadores indicam que houve 393 notificações de casos na 43ª semana epidemiológica, o que representa uma queda de 8% com relação à semana anterior, e o aumento de 1% em 15 dias, sendo 5 casos a mais. A Central de Regulação Hospitalar registrou 246 solicitações em leitos de UTI na mesma semana. Durante a coletiva, que ocorreu na manhã de hoje, o secrétario André Longo também anunciou que a partir do dia 17 de novembro as pessoas poderão ficar sem máscaras em locais públicos na Ilha de Fernando de Noronha. A previsão é que a medida seja adotada no continente a partir de dezembro, a depender da quantidade de pessoas que concluírem o ciclo de imunização.


Esses números apresentam estabilidade. Mas faço questão de reforçar que a pandemia ainda não acabou e se quisermos vencer o vírus precisamos manter o cuidado e avançar ainda mais na vacinação. A negação da vacina e da gravidade dessa doença é um comportamento de risco. É uma atitude que coloca, não só a vida desta pessoa em perigo, mas também a de todos que estão à sua volta. Esses números mostram claramente que as vacinas são eficazes contra a Covid-19. Todas as utilizadas hoje no Brasil, tiveram a segurança atestada por todos os mais respeitados órgãos regulatórios do mundo, incluindo a nossa Anvisa”.

Desobrigatoriedade de máscaras

O secretário explicou que nesta quinta-feira (4), o estado atingiu a marca de 63,5% da população acima dos 12 anos, completamente imunizada contra a Covid-19. “Se conseguirmos alcançar no começo de dezembro 80% da população imunizada, podemos projetar alguns outros avanços aqui em Pernambuco, em relação a flexibilização das atividades. Isso será avaliado por nosso Comitê de enfrentamento“.

Na ocasião, Longo explicou que na Ilha de Fernando de Noronha, a partir do dia 17 de novembro, as pessoas poderão ficar sem máscaras em locais públicos. O secretário também disse que a previsão é que a mesma medida seja adotada no território continental a partir de dezembro, a depender da quantidade de pessoas que concluírem o ciclo de imunização.

Nós esperamos poder dar passos aqui no continente nesse sentido também. Tudo vai depender das pessoas se mobilizarem, de toda a comunidade pernambucana fazer uma corrente de solidariedade para que a gente possa convencer as pessoas com doses atrasadas, se vacinarem e procurarem os postos de vacinação”. Os dados da secretaria apontam um crescimento semanal de 3% a 4% nos índices de imunizados no estado.

Casos graves em pessoas sem imunização
Durante a coletiva on-line, o secretário também detalhou sobre os registros dos casos graves, que ocorreram em 95% dos casos  em pacientes que não estavam com ciclo vacinal completo desde 19 de janeiro deste ano. Os dados foram aprofundados, cruzando os registros de óbitos notificados e os dados de vacinação até o último dia 21 de outubro. Foram analisados 9103 óbitos por Covid-19 em Pernambuco, sendo destes mais de 8500 (94% das vítimas) não estavam completamente vacinadas. Dessas, 6845 (75%) não haviam tomado nenhuma das doses. E cerca de 1530 (17%) haviam tomado apenas a primeira dose. E outros 2% adoeceram antes do 14 dias em que a vacina precisa para fazer efeito. 

Esses dados nos dão a real dimensão da importância de se vacinar completando o esquema, para as vacinas que precisam de duas doses. E ainda, a necessidade de uma terceira dose de reforço, naqueles casos em que se é necessário. Não adianta tomar a primeira dose e não aparecer para tomar a segunda. Não adianta tomar as duas doses, e não se preocupar em tomar a dose de reforço, caso você faça parte do grupo de risco. É preciso atender as recomendações sanitárias e completar o esquema de vacinação. Essa é a estratégia mais importante para evitar os casos graves e mortes por Covid-19. Como a vacinação é uma ação de Saúde Coletiva, e nenhum dos imunizantes tem 100% de eficácia, precisamos do maior número possível de pessoas vacinadas para garantir essa proteção a todos”, finalizou Longo.

Via Diário de Pernambuco

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