Caso Beatriz: dos 49 deputados pernambucanos, somente 11 assinaram o requerimento para a abertura da CPI, até o momento

O Caso Beatriz pode ser investigado pelo Poder Legislativo de Pernambuco. Um requerimento está recolhendo a assinatura dos parlamentares para a criação da CPI.

Até o momento, onze deputados aderiram ao movimento, são eles: Romero Albuquerque, Clarissa Tércio e Joel da Harpa e seus colegas Cleiton Collins, Álvaro Porto, Gustavo Gouveia, Alberto Feitosa, Wanderson Florêncio, Antônio Coelho, Priscila Krause e Romero Sales Filho. Para criar a CPI, o requerimento precisa de 17 assinaturas.

Em menos de 24 horas, temos quase todas as assinaturas necessárias. Vamos iniciar o contato direto com os parlamentares e explicar a importância de contribuirmos com as investigações. Foram muitos anos e reviravoltas neste caso e algumas perguntas precisam ser respondidas”, disse o deputado Romero Albuquerque, um dos organizadores do movimento .

Também foi criado o site (casobeatriz.com.br) para que a população acompanhe e solicite o apoio dos deputados.

Um assassinato brutal é sempre assunto de interesse público, ainda mais quando a vítima era uma criança. Através da ALEPE, vamos fazer o que há muito tempo devia ter sido feito. Somos a favor da federalização, mas para responder as dúvidas dessa família e de toda a sociedade pernambucana, assinamos o documento que cria a CPI do Caso Beatriz. Vamos buscar descobrir o que, de fato, aconteceu naquela noite em Petrolina, há seis anos, e colaborar com a investigação. Precisamos coletar o máximo de assinaturas dos Deputados Estaduais de Pernambuco e contamos com seu apoio para isso. Solicite o seu deputado(a) para assinar!”, diz a apresentação do site.

Entre os deputados que ainda não assinaram ao requerimento está a delegada Gleide Ângelo, que em 2016 assumiu as investigações do assassinato da menina, criando muitas expectativas, e deixou o caso em 2017, sem muitas contribuições.

Caso Beatriz

A menina Beatriz Angélica, que na época do crime tinha apenas 7 anos, foi assassinada com golpes de faca na noite do dia 10 de dezembro de 2015, no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

Desde aquela época, diversos delegados assumiram as investigações do crime, sem apresentarem respostas. Por isso, os pais da menina, realizaram em dezembro uma caminhada de Petrolina à Recife para solicitar o apoio do Governo do Estado para a federalização das investigações.

Após seis anos do crime, na última terça-feira (11), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco divulgou uma nota informando que havia prendido o autor do assassinato da menina Beatriz.  O órgão fez uma coletiva de imprensa expondo as provas técnicas do caso, que “foi solucionado com base em exames de DNA da arma do crime”. De acordo com a SDS, Marcelo da Silva confessou o crime.

“Por determinação do governador Paulo Câmara, a Força Tarefa – criada em 2019 para investigar o caso foi mantida mobilizada até a elucidação deste crime. A equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas no dia de hoje, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime. Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que se encontra preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força Tarefa, confessou o assassinato e foi indiciado”.

No último dia 13, o acusado foi levado para o Presídio de Igarassu. O suspeito foi colocado numa “cela disciplina”, que está sob a vigilância de dois agentes do Grupo de Operações e Segurança, subordinado à Seres.

Na última terça-feira (18), advogado Rafael Nunes, que assumiu a defesa de Marcelo da Silva,  apresentou durante entrevista ao Programa Cidade Alerta de Pernambuco, uma carta, supostamente escrita pelo acusado de ter matado a menina Beatriz Mota, onde o mesmo volta atrás e nega a autoria do crime.

O advogado disse que: “Curiosamente, quando a mãe da menina faz a caminhada, cai de paraquedas um DNA”, disse o advogado. “Não iremos descansar. O Ministério Público não está acreditando nesta versão, não ofereceu denúncia, se tivesse indícios o MP tinha oferecido denúncia”, afirmou o advogado de Marcelo.

Em um trecho da carta mostrada no programa, o acusado diz que quer conversar com a mãe da criança, e que confessou por pressão.

Lucinha Mota declarou que continua acompanhando as investigações e mantém sua opinião de que acredita que Marcelo da Silva seja o assassino de sua filha. Lucinha disse ainda que a revelação da carta e o posicionamento do advogado causaram estranheza, mas “já eram esperados”.

Muitas pessoas querem ganhar holofotes com o caso Beatriz, de grande comoção pública. Portanto, toda informação deve ser vista com ponderação e muita cautela. Estamos entrando em contato com a OAB/PE para saber referências deste profissional”, disse Lucinha.

Via Redação PNB

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