Bebê indígena de 3 dias morta pela Covid-19 em Floresta é a mais jovem paciente a morrer pelo novo coronavírus em PE

A mais jovem paciente a morrer pelo novo coronavírus em Pernambuco é uma recém-nascida indígena, com três dias de vida. A morte da bebê da etnia pipipã, de Floresta, Sertão do estado, foi registrada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) no boletim epidemiológico da Covid-19 desta terça-feira (5). Foram confirmados laboratorialmente mais 58 óbitos, sendo 32 homens e 26 mulheres, nas últimas 24 horas. Agora, o estado totaliza 749 mortes.

A cidade de Floresta tem, atualmente, quatro casos em investigação, dois casos descartados, um confirmado e um óbito. “Neste momento de dor, nos solidarizamos com a família enlutada e amigos. Pedimos a toda a população florestana que continue em isolamento social, usando máscaras e lavando as mãos frequentemente, pois essas atitudes são para combatermos o vírus”, pontuou a Secretaria de Saúde de Floresta, em nota.

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O secretário estadual, André Longo, e o secretário de saúde do Recife, Jaílson Correia, comentaram o caso em coletiva online nessa segunda-feira (4). “O que a gente tem até agora é que a gestante realizou consulta particular com parto e laqueadura na rede privada no dia 27 de abril. Na madrugada de sábado (2), a criança foi levada a uma maternidade municipal em Floresta. Ela chegou a ser atendida, foi medicada, voltou para casa. Em casa, evoluiu para uma condição de insuficiência respiratória e foi a óbito e o resultado deu positivo para Covid-19. A mãe estava assintomática, segundo informações que foram colhidas. Por se tratar de um óbito infantil, o caso ainda está em investigação”, afirmou Longo, ontem. Após as investigações, a morte entrou no boletim do estado desta terça.

“É um evento raro a questão de óbitos descritos na literatura médica internacional de tão pouca idade. Sabemos que o recém-nascido tem sua imunidade frágil por natureza. Só para se ter uma ideia do quão raro é esse evento. A gente tem aqui o dado do Recife, que é o que tenho, só 2% dos casos tem menos de 10 anos de idade, mas o fato de ser raro não significa que não aconteça”, disse Jailson Correia.

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Via Diario de Pernambuco

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