Barragem de Serrinha sem escoar água por causa de R$ 2,8 mil, critica Rodrigo Novaes

Visivelmente irritado, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) fez duras críticas à gestão do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra às Secas) em Pernambuco e prometeu acionar a Justiça para responsabilizar o coordenador do órgão no Estado, Emílio Duarte, pela não abertura das comportas da barragem de Serrinha, em Serra Talhada, que desaguaria no Rio Pajeú e ajudaria a melhorar o abastecimento de água na região, que hoje precisa de carros-pipa.

Segundo Rodrigo Novaes, após uma ação judicial, o Dnocs passou oito meses para fazer o conserto da barragem, da ordem de R$ 30 milhões. Logo em seguida, o lado externo das comportas foi aberto por determinação do conselho gestor, mas o interno, não. De acordo com o deputado, seria necessário apenas o pagamento de quatro diárias de R$ 700 para que funcionários fossem fazer o serviço. Diante da impossibilidade do órgão, vereadores da cidade estariam se juntando para custear o serviço.

“Enquanto milhares de pessoas passam sede, os animais passam necessidade e as pessoas vivem no carro-pipa, a gente tem uma barragme de Serrinha hoje com boa capacidade, quase 30%, deixando de escoar água para o Rio Pajeú por conta de quatro diárias de R$ 700. Parece piada”, reclamou Rodrigo, no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (26).

“A gente não vai passar necessidade por conta de ninguém, não. A gente vai pedir judicialmente para que seja responsabilizado civilmente pelos prejuízos que os produtores rurais estão passando e que ele seja responsabilizado criminalmente”, disparou o deputado, que disser ter perdido a paciência com o coordenador do Dnocs em Pernambuco. Ele prometeu enviar um ofício à presidente Dilma Rousseff (PT) pedindo a sua destituição do cargo.

JC procurou o Dnocs em Pernambuco e foi informado de que Emílio Duarte estava em uma reunião externa e a equipe técnica não poderia responder sem autorização prévia da Direção Nacional do órgão. A reportagem também procurou a assessoria nacional do Dnocs, em Fortaleza, que ainda não deu retorno.

Texto: Paulo Veras/JC Online

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