Baleia pode atuar para MDB ter candidato ao Governo de Pernambuco

Prefeito de Petrolina, Miguel Coelho tinha uma conversa agendada com o presidente estadual do MDB, Raul Henry, na semana passada. O encontro acabou adiado em função de questão de saúde.

Ontem, os dois chegaram a se falar por telefone. Há conversas em curso no sentido de o partido avançar na construção de uma candidatura própria e elas passam por Brasília, onde o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, teve encontro recente com Miguel, cotado para concorrer ao Governo do Estado. Segundo fontes que acompanham as movimentações, essa articulação tem o líder do MDB, deputado federal Isnaldo Bulhões, como testemunha.

No radar, dizem parlamentares, está uma visita de Baleia a Pernambuco, onde ele pode atuar em favor do projeto majoritário da legenda no Estado. Isso resultaria numa saída do MDB da Frente Popular. Hoje, comandada por Henry, a sigla integra a base do governo Paulo Câmara.

O detalhe é que o sistema eleitoral vigente para disputa proporcional, que veda coligações, parece empurrar o partido para a busca de uma solução capaz de viabilizar a eleição de deputados do MDB-PE, que, hoje, conta com Henry na Câmara Federal e Tony Gel na Assembleia Legislativa. Nas atualizações que têm feito junto a Henry, Miguel tem argumentado que, para esse projeto majoritário dar certo, é preciso unidade, apoio de Raul e do senador Jarbas Vasconcelos. “Queremos a participação e o protagonismo de Jarbas”, defende Miguel à coluna.

Ainda na análise dele, mantidas as regras atuais, o caminho para o partido fazer mais deputados e atrair parlamentares de mandato é construindo a candidatura majoritária”. O prefeito lembra o coeficiente eleitoral, de 185 mil votos, pontua que o PSB, pela dimensão, é que deve fazer maior número de cadeiras e aposta que o segundo maior volume deverá estar no novo bloco a ser criado envolvendo a ala da Oposição.

Na opinião de Miguel, será preciso tempo para construir esse projeto “para que não se repitam os erros de 2020”. Miguel pondera o seguinte: “Entre outubro e novembro, temos que estar com estratégia e nome definidos. Esse prazo deve valer para quem quer que seja o candidato, homem ou mulher. Devemos ter de outubro, novembro, até abril para fazer uma chapa para não repetir erros de 2020. Em 2020, 2018, ficou muito em cima. Precisamos de tempo para construir”. Em paralelo, o Congresso se debruça sobre as regras do próximo pleito. É em meio a esse calendário que Baleia deve desembarcar em Pernambuco.


Chefia de Gabinete do radar
Há um zum zum zum na base governista dando conta de que as próximas movimentações no bojo da reforma administrativa de Paulo Câmara, a ser concluída esta semana, devem incluir a ida de Guilherme Rocha para a chefia de Gabinete do governador. Ele  é da cota do PP e administra, hoje, a ilha de Fernando de Noronha.

Deadline > Entre auxiliares do governador, há expectativa de que a reforma administrativa seja concluída até o final do mês. Há quem não descarte movimento incluindo a secretaria de Desenvolvimento Social e o cargo de secretário Executivo de Apoio aos Municípios, por exemplo, na Seplag, está vago.

Fica como está >  Entre deputados federais, já não se aposta mais em retorno das coligações. Em função disso, à coluna, uma fonte governista, em reserva, adverte: “Dez deputados federais de Pernambuco não vão para o suicídio. Talvez se forme uma chapa de centro, uma chapa toda de Oposição”.

Imã >  Nessa conta, o que se diz é que o MDB pode ser “atrativo” a candidaturas de centro e pode demarcar essa cisão da Frente Popular, ancorada na tradição do nome de Jarbas Vasconcelos.

Via Folha de Pernambuco

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