Aprovados em concursos da polícia cobram nomeações em ato na Alepe

Cerca de trinta pessoas aprovadas nos concursos da Polícia Civil e da Policia Científica de Pernambuco ocupam as galerias da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na tarde desta terça-feira (4). Eles buscam apoio dos deputados para que pressionar o Governo do Estado a definir um cronograma de atividades obrigatórias para que eles sejam nomeados para os cargos.

A sessão começou por volta das 14h40 e os aprovados aguardavam em silêncio que algum parlamentar cite o caso no plenário. De acordo com a apuração da Rádio Folha de Pernambuco, eles não consideram a manifestação um protesto, mas uma ação em busca de apoio dos deputados. No meio da sessão, o grupo abriu uma faixa que cobrava as nomeações. “Segurança Pública e transparência, não é favor, mas dever do Estado”, dizia o texto.

No dia 3 de março, o Ministério Público de Pernambuco recomendou à Secretaria de Defesa Social (SDS) e ao Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) a anulação da prova de avaliação psicológica. Os candidatos teriam que refazer o exame psicotécnico porque houve denúncias de rasuras nos cadernos de respostas. A reformulação da etapa irá atrasar o prazo de nomeações dos aprovados. O teste psicotécnico foi realizado no dia 23 de outubro de 2016, e o concurso aprovou 2.208 pessoas

Para Thiago Magalhães, um dos representantes do grupo que realizou o ato, não há materialidade que comprove irregularidades no concurso. “Rabisco no caderno de perguntas não é problema para o concurso andar”. Segundo ele, os aprovados estão apenas aguardando que o Governo do Estado divulgue o cronograma com a data de início do curso de formação para que todos estejam na rua, assumindo a função, já no mês de setembro. “A sociedade precisa da gente nas ruas, nós queremos reavivar o Pacto Pela Vida.”

Na plenária, o deputado estadual Joel da Harpa (PTN-PE), que foi policial militar, defendeu os aprovados. “Os concursados estão buscando uma transparência maior em todo esse processo”, explicou o deputado, que considera a ação do Ministério Público “desnecessária”. Para ele, bastaria procurar as pessoas que estavam nas salas onde foram identificados cartões com irregularidades, ao invés de penalizar a todos. “Nós esperamos que haja, por parte do Governo do Estado, rapidez nesse processo, até porque a insegurança está ai em Pernambuco. Há um déficit muito grande de policiais civis em Pernambuco. Hoje nós temos pouco menos de cinco mil policiais, quando deveríamos ter mais de 10 mil, enquanto essas duas mil pessoas estão aptas para irem para o curso e assim estarem prestando serviço para a população pernambucana na área de segurança, que é o grande mal, neste momento, no nosso estado.”

Via Blog dos Concursos/Folha de Pernambuco

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