Após um mês internada e duas paradas cardíacas, professora de Ibimirim se cura da Covid-19 e tem alta da UTI

Resistência de Niedja Gomes, de 43 anos, impressionou profissionais de saúde que a acompanharam. 'Nunca tinha visto uma superação tão grande', disse uma das médicas.

A história de superação da professora Niedja Gomes, de 43 anos, destaca-se entre os pacientes que se curaram da Covid-19. Após superar a doença causada pelo novo coronavírus e duas paradas cardíacas, ela deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Agamenon Magalhães, no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, na sexta-feira (29).

Depois de um mês em tratamento, longe do marido e dos cinco filhos, Niedja foi levada para a enfermaria do hospital, onde se prepara para ter alta e voltar a Ibimirim, no Sertão de Pernambuco. A alta está prevista para a primeira semana de junho, após ela fazer fisioterapia para voltar a andar normalmente.

“Ela esteve numa gravidade que a gente realmente esperava o pior. Ela precisou ser entubada, passou três semanas no respirador, foi extubada, teve que ser novamente entubada, evoluiu com várias infecções e teve duas paradas cardíacas”

contou a médica Ana Caribé

A cardiologista Carla Oliveira estava em um dos plantões em que o coração da professora parou de bater e relatou o espírito de luta que a paciente apresentou.

“Quando Niedja voltou, ela estava muito grave. Precisava de droga para manter a pressão e apresentava alguns distúrbios laboratoriais e respiratórios que, para a gente mais acostumado a lidar com pacientes críticos internados em UTI, era impressionante que ela estava ali, lutando pela vida. E ninguém desistiu”, disse.

Após um mês inteiro sem comer, sem falar e respirando com ajuda de equipamentos, Niedja fez testes com a fonoaudióloga Júlia Marinho e passou em todos, para alegria geral da equipe que atua na UTI. “Ela conseguiu sonorizar, conseguiu deglutir e a gente está bem contente que ela vai evoluir bem”, afirmou.

O próximo passo era tirar o traqueóstomo, que havia sido colocado por uma abertura na parede da traqueia para facilitar a entrada de oxigênio. E tudo correu bem, como explicou a fisioterapeuta Maria Rosa Batista: “Ela está sem suporte de oxigênio, saturando bem, bem adaptada, sem desconforto respiratório, com pequena quantidade de secreção”.

A superação e resistência de Niedja impressionaram os profissionais de saúde. “Para mim, nos 14 anos de formada, nunca tinha visto uma superação tão grande. A história dela é linda. Para a gente que acompanhou no hospital, é o que deixa a gente assim mais feliz nessa luta contra o coronavírus”, declarou Ana Caribé.

Via G1 Pernambuco

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