Apac prevê grave seca no Sertão e redução de chuvas em todo estado

O Sertão pernambucano deverá sofrer com uma grave seca nos próximos três meses, de abril a junho, deste ano. O clima também vai castigar o Agreste, a Zona da Mata e a Região Metropolitana do Recife.  Tudo indica, no entanto, que o quadro poderá ter uma melhora no fim de julho. O fenômeno El Niño é um dos motivos para a redução das chuvas.

“Para complicar, o Oceano Atlântico Sul está esfriando. Isso quer dizer que teremos menos evaporação, menos núvens e menos chuvas na nossa região”, adiantou o gerente de meteorologia da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), Patrice Oliveira. Os dados foram divulgados durante um encontro de meteorologistas na sede da Apac, no Recife, na manhã desta terça-feira (22).

Com previsão de poucas chuvas no estado, as temperaturas também deverão se elevar, sobretudo, no período da tarde no Sertão e Agreste. No entanto, a Apac alerta para a possibilidade de precipitações, de moderadas a fortes, concentradas em poucas horas, principalmente no Litoral e na Zona da Mata.

A climatologia das chuvas no Sertão será de 290,1 milímetros no trimestre. Já no Sertão do São Francisco, é esperado um índice de 249 milímetros nesse período. O Agreste terá uma média de 302,5 milímetros e a Zona da Mata, de 593,1 milímetros.

Na Região Metropolitana do Recife, as chuvas poderão ultrapassar os 830,3 milímetros.Por causa da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), abril será o mês com o maior volume de chuva no Sertão do Pajeú e no Sertão do Araripe.

Reservatórios
Desde que começou a ser acompanhada, em 2000, a barragem de Jucazinho, no Agreste, opera com o nível mais baixo.

Com 1,3% e atuando com seu nível morto, é necessário que chova significamente para que ela saia do estado de alerta. No entanto, parece que não será desta vez que a situação será resolvida.

“Para a barragem ‘pegar’ água, é preciso que chova na sua bacia hidrográfica. A previsão é que teremos pouca chuva nessa região”, comenta Oliveira.

Fonte: G1 Caruaru

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