Aluna de escola pública de Caruaru desenvolve aplicativo de enfrentamento à violência contra a mulher

Aplicativo LilásPE foi desenvolvido por Iris Gabriella, de 17 anos, e está disponível nas lojas de aplicativo dos smatphones.

Aplicativo LilásPE foi desenvolvido por Iris Gabriella, de 17 anos, e está disponível nas lojas de aplicativo dos smatphones.

A estudante Iris Gabriella Alencar de Lima, de 17 anos, que estuda na Escola Técnica Ministro Fernando Lira de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, foi responsável por desenvolver um aplicativo que facilita o acesso à rede especializada de enfrentamento da violência contra as mulheres. O “LilásPE” está disponível para download nas lojas de aplicativo dos smartphones.

O aplicativo foi lançado através da Secretaria da Mulher de Pernambuco na última sexta-feira (25), Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher. O LilásPE facilita o acesso a delegacias, varas de Justiça, centros de atendimento, núcleos do Ministério Público de Pernambuco, secretarias e demais organismos municipais de políticas públicas para as mulheres, entre outros equipamentos

Iris contou que a proposta inicial foi de atualizar uma versão anterior do aplicativo, criada em 2019, que se chamava “Girls Power”. O processo se deu, principalmente, pela inclusão de ferramentas para auxiliar as mulheres após a denúncia, com apontamento de lugares para acolher e ajudar as vítimas.

Confesso que foi uma luta árdua, mas que ver o resultado e como esse projeto pode auxiliar não somente as mulheres, mas a sociedade toda, faz valer a pena as noites em claro”, afirma.

Iris, que se considera uma jovem ativista da causa das mulheres, contou com a ajuda e orientação do professor Paulo Ramos, das estudantes Maria Rita de Oliveira Ramos, Kallyne Bianka Mendonça dos Santos e de Thiago Henrique de Moura.

Professor auxiliou no desenvolvimento do aplicativo — Foto: Arquivo pessoal

Professor auxiliou no desenvolvimento do aplicativo

Funcionalidade para ‘enganar’ agressores

O aplicativo conta com uma funcionalidade que ajuda as vítimas de abusos a se protegerem dos agressores. As usuárias podem acessar a interface do “fake app”, que é um menu inicial disfarçado para que o agressor não descubra a verdadeira utilidade do app.

A segunda interface é a do “real app”, que é onde, de fato, a usuária encontrará diversas formas de denúncia e poderá se conscientizar acerca de seus direitos. As duas interfaces podem ser acessadas utilizando senhas, que estão disponíveis na descrição da loja de aplicativos.

Segundo Iris, a escolha da identidade visual do aplicativo tem um significado especial. “Da mesma forma que uma borboleta, que recomeça sua vida após sair do casulo, a mulher também recomeça sua vida após a denúncia”, explicou.

Via G1 Pernambuco.

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