‘A gente não pode conviver com esse nível de violência’, afirma governador

Ainda no mês de novembro, Pernambuco superou os 3.888 homicídios registrados em 2015, enquanto outubro foi o mês mais violento desde 2008. O governador Paulo Câmara, em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta sexta-feira (30), reconheceu que a segurança no estado enfrenta problemas, mas defendeu o programa Pacto Pela Vida.

Além do aumento dos crimes pela vida, o estado enfrenta frequentes ações contra caixas eletrônicos, assaltos nas ruas, entre outros casos de violência. “A gente não pode conviver com esse nível de violência que nós estamos convivendo hoje. [Mas] Nós não estamos acomodados de maneira nenhuma, pelo contrário”, defendeu o governador.

Para diminuir os casos de violência, Câmara apontou que o caminho é investir em inteligência no combate ao crime. “O foco é muito grande, o novo secretário [de Defesa Social] Angelo [Gioia] está buscando motivar as polícias para antever esses crimes. Temos que fazer que Pernambuco volte a ter os indicadores que já teve no passado, com melhoria constante nas questões dos assassinatos e, principalmente, melhoria dos índices de furtos e assaltos, que é a intraquilidade do dia. As pessoas estão prejudicadas no seu ir e vir. A gente não pode admitir isso”, disse.

Ao defender o Pacto Pela Vida, o governador lembrou que ele conta com a participação do Minsitério Público, da Justiça e da sociedade civil. “É uma política muito bem concebida. Os resultados não estão vindo, mas a política é muito forte. O que a gente tem que estar sempre é buscar que a partir do diálogo dessas instituições, das buscas de resultado, o Pacto possa trazer a diminuição dos níveis de homicídios, do nível de insegurança”, apontou.

O concurso público de 2015 está sendo finalizado e novas contratações devem ser feitas. “Vão ser mais 1.500 novos homens da Polícia Militar, com mais mil homens da Polícia Civil e Científica, justamente para ter mais presença na rua, para ter mais condições de trabalho. Para ter realmente condições de antever esses crimes, a questão do tráfico de drogas, que esta muito envolvido com a questão de violência e assassinatos nesse estado”, afirmou.

Corredor Leste/Oeste foi prometido para 2014, mas ainda não foi concluído (Foto: Reprodução/TV Globo)Corredor Leste/Oeste foi prometido para 2014, mas ainda não foi concluído (Foto: Reprodução/TV Globo)

Corredor Leste/Oeste foi prometido para 2014, mas ainda não foi concluído (Foto: Reprodução/TV Globo)

Mobilidade
Os corredores de ônibus Leste-Oeste e Norte-Sul foram prometidos para 2014, mas ainda não estão concluídos. “A gente tem uma expectativa de que, em 2017, essas obras estejam praticamente finalizadas e temos, em 2018, uma nova questão de mobilidade”, apontou o governador durante a entrevista.

Câmara lembrou que a crise vem dificultando alguns projetos, mas que o estado se esforça para fazer os pagamentos. “A gente está investindo no que está em andamento. Essas obras de mobilidade são nossa prioridade porque é um problema que preocupa, principalmente na Região Metropolitana”, defendeu.

Sobre os problemas em pagamentos dos fornecedores, o governador afirmou que a situação está sobre controle. “Nós estamos com o mesmo nível de atraso que sempre ocorreu. Evidentemente que está todo mundo mais apertado. Então, o poder público, que tem uma grande maioria dos contratos, passa a ser mais importante no âmbito do estado, mas temos tido condições de estar sempre conversando e colocando os desafios dos pagamentos”, apontou.

Arena Pernambuco
O governador é um dos nomes citados no inquérito, atualmente no Supremo Tribunal Federal, que investiga um suposto superfaturamento das obras da Arena Pernambuco. À TV Globo, Câmara se disse tranquilo.

“Eu fui membro do comitê gestor de parcerias público-privadas com oito pessoas e fizemos tudo dentro de pareceres técnicos, dentro da legalidade, com muita transparência. Todas as etapas foram auditadas pelo Tribunal de Contas do Estado, pelo Tribunal de Contas da União, pelo BNDES, pelo Ministério Público Federal. Essa questão de superfaturamento não existe”, afirmou.

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